quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Enrevista concedida para Maurício Montenegro



O Blog Ficções de Outubro, de Maurício Montenegro, fez uma entrevista comigo por ocasião do lançamento de Grafias Noturnas. Segue abaixo o nosso bate-papo animado.


Mauricio Montenegro: Qual o sentimento de ver o Grafias Noturnas publicado?

L. F. Riesemberg: Acho que a ficha ainda não caiu muito bem, mas isso deve ser comum para um autor que publica seu primeiro livro solo. Na verdade eu já havia participado de algumas antologias, e é uma sensação indescritível ver algo seu em um livro. Acho que estou me sentindo quase como quando publiquei meu primeiro conto na antologia de vencedores de um concurso de Bragança Paulista, quando ganhei Menção Honrosa já na minha estreia, competindo com centenas de outros autores. Só que desta vez o meu nome está na capa do livro, e dentro dele só há contos meus. Pode parecer clichê, mas isso faz com que eu me sinta orgulhoso como um pai diante do filho que acabou de nascer.

Mauricio Montenegro: Como surgiu a idéia para o Grafias Noturnas?

L. F. Riesemberg: Grafias Noturnas é uma coletânea de contos que escrevi entre 2003 e 2009, onde incluí todos aqueles trabalhos que já se deram bem em concursos pelo país, e também outros ainda inéditos, que me agradaram. O título, Grafias Noturnas, veio do fato de eu só escrever tarde da noite, que é a hora em que tudo está em silêncio e ninguém me interrompe. Na verdade, desde a primeira vez que sentei para escrever uma história, a ideia já era a de publicar uma coletânea minha. Cheguei a ter mais de trinta contos para incluir no livro, mas para cortar os custos e para manter certa uniformidade de temas, optei por 21: acho que é um número razoável, com uma simbologia interessante.


Mauricio Montenegro: Como foi a seleção dos contos? Existe uma ordem para a leitura ou os contos foram escolhidos aleatoriamente?

L. F. Riesemberg: Como eu disse, procurei em primeiro lugar selecionar aqueles que já haviam sido premiados em concursos, ou selecionados para antologias. Depois escolhi aqueles que mais me agradavam, e nos quais eu via algum potencial. Mas escolher a ordem deles foi mais complicado do que parece. É que mesmo os livros de contos deveriam ser lidos na ordem em que o autor escolheu, pois sempre há uma razão para isto, e em Grafias Noturnas não é diferente. A primeira história é imprescindível que seja lida por primeiro, porque ela norteia todas as outras. O resto, de fato, até pode ser lido aleatoriamente, mas eu procurei fazer combinações agradáveis, como intercalar contos mais pesados com alguns mais leves, para não cansar o leitor. Eu diria que prefiro que seja lido na ordem, mas isso fica a critério do público.

Mauricio Montenegro: Como surgiu seu interesse pela literatura?

L. F. Riesemberg: Isso foi na infância, quando eu ainda lia a Biblioteca do Escoteiro Mirim (risos). Sempre fui precoce para a leitura, pelo menos em relação aos meus colegas. Por exemplo, aos 11 anos de idade, quando todos da minha turma faziam cara feia para os livros que tínhamos que ler nas aulas, eu lia por conta própria tudo do Sidney Sheldon que meu pai tinha em casa. Mais tarde, quando eu enjoei dos romances dele, descobri o Stephen King e minha maior alegria era ganhar um livro dele de presente. Assim, aos meus 15 anos, eu já havia lido algumas dezenas de obras, ao contrário de meus amigos que nunca haviam aberto um livro sequer. Essa história se desenrola naturalmente até os dias de hoje: cheguei a cursar a faculdade de Letras apenas pelo fato de amar a Literatura, e estou sempre à procura de bons autores que não conheço. Começar a escrever foi uma simples consequência dessa minha relação de amor com os livros.

Mauricio Montenegro: A sinopse do Grafias Noturnas remete-nos a Ray Bradbury, podemos dizer que ele é sua fonte de inspiração? Quais autores que te inspiram?

L. F. Riesemberg: Puxa, fico até emocionado em ouvir uma comparação destas. Sim, o “Tio Brad” (como eu e a Giulia Moon carinhosamente o chamamos) é minha maior inspiração, e foi somente depois que conheci a obra dele que comecei a escrever. Seus contos são mágicos, porque fazem o fantástico parecer corriqueiro e vice-versa. Por exemplo, seu livro As Crônicas Marcianas narra a ocupação de Marte pelos humanos, e ele faz aquilo parecer tudo tão natural! Por outro lado, Dandelion Wine descreve o verão de um menino de 12 anos em uma cidadezinha americana dos anos 20, mas sua escrita faz aquelas cenas parecerem algo de outro mundo: os gramados verdes das casas surgem como um planeta desconhecido habitado por uma fauna e uma flora admiráveis! É, eu sou mesmo apaixonado por esse autor, mas ele não é o único a me inspirar, não. Também sou grande fã de Roald Dahl, que é o autor de obras infantis, tais como A Fantástica Fábrica de Chocolates, mas que também escreveu muitos contos adultos, alguns macabros e irônicos, e outros bem sensuais (leia Beijo, o único dele lançado no Brasil, e você entenderá o que digo). E não posso esquecer a influência de Richard Matheson, que escreveu Eu Sou a Lenda e Em Algum Lugar do Passado, nem de J.G. Ballard, cujo pirado romance Crash foi influência direta para eu criar um conto chamado Racha, que trata dessa relação entre homens e máquinas, onde já nem sabemos mais onde termina um e começa o outro.

Mauricio Montenegro: Como tem sido a recepção do livro pelo público?

L. F. Riesemberg: Para ser bem sincero, enquanto respondo essas perguntas ainda nem toquei na versão impressa do livro, que deve chegar até mim em breve, pelo correio. Mas para ser ainda mais sincero, eu não estou esperando um sucesso imediato. Ficarei feliz se souber que uma única pessoa o leu, e ficarei ainda mais contente se este leitor disser que gostou. Na verdade, como eu disse antes, alguns dos contos já foram bem recebidos em concursos, e acredito que fiz uma seleção legal. Assim, mesmo que eu ainda não tenha conseguido um feedback, acho que o público não irá ficar decepcionado.

Mauricio Montenegro: Como você vê o momento que passa a literatura fantástica no Brasil?

L. F. Riesemberg: Está muito bom. Veja as listas dos dez livros de ficção mais vendidos nos últimos anos: só dá obras sobre vampiros, bruxos ou afins. Com relação à produção nacional, noto que há muita gente boa produzindo e aos poucos esses autores vão conseguindo o merecido espaço.

Mauricio Montenegro: Há outros projetos em andamento?

L. F. Riesemberg: Sim, muitos. Para falar a verdade, considero Grafias Noturnas um assunto já encerrado, mesmo que eu mal tenha iniciado sua campanha de divulgação, e já penso em pelos menos três projetos futuros. Um deles, provavelmente o próximo, tem a ver com meus conhecimentos sobre Espiritismo, e será um romance voltado ao público adolescente. Tenho vontade também de lançar uma segunda coletânea de contos, desta vez misturando elementos fantásticos com algo mais erótico. E como eu pareço ter uma obsessão por autores que se dividem entre a literatura adulta e a infantil, eu sonho em produzir algo destinado às crianças. Mas é claro, sem nunca deixar de fazer literatura fantástica, que é minha paixão.

Mauricio Montenegro: L. F. Riesemberg, muito obrigado pela entrevista. Gostaria de comentar algo mais?

L. F. Riesemberg: Sou eu que agradeço pelo interesse pelo meu singelo trabalho e pela oportunidade de trocarmos mais estas informações a respeito de literatura. Também gostaria de lhe desejar sucesso em sua carreira, e dizer que mal posso esperar pelo lançamento de Poe 200 Anos, a antologia que você está organizando com o Ademir Pascale. Muito obrigado. Um abraço!

Grafias Noturnas na Rede Massa e na Scarium Megazine


terça-feira, 29 de setembro de 2009

Grafias Noturnas em O Estado do Paraná



Edição de 29/09/2009, pág 16

Matéria: Livro reúne contos de literatura fantástica

Luciana Cristo

A literatura fantástica como meio para falar de problemas reais é o recurso utilizado na coletânea de contos Grafias noturnas, livro de estreia do autor paranaense Luiz Fernando Riesemberg.

Na definição do próprio autor, cada conto traz uma história sobre pessoas comuns tendo que conviver com inimigos poderosos e invisíveis, que podem ser manifestar na figura de um fantasma vingativo, uma epidemia mortífera ou a ambição humana.

Depois de seis anos de prática e participação em concursos literários, Riesemberg resolveu ingressar de vez na carreira literária com a publicação do seu primeiro livro, com a temática que vem sendo uma tendência de vendas, que é a do terror e a do realismo fantástico, presente nos 21 contos da obra.

No caso de Riesemberg, a intenção foi usar o desconhecido para abordar problemas da sociedade. “Histórias com vampiros e bruxos, por exemplo, têm sido bastante consumidas. Procurei ter algo a mais para dizer. Usar o vampiro, por exemplo, como alegoria para falar dos problemas que os humanos enfrentam”, exemplifica.

Entre os contos está Eu não matei Charles Bronson, sobre um jovem de classe média que, após ser vítima de um assalto, passa a incorporar a personagem de um justiceiro que sai noite afora em uma jornada sangrenta atrás dos bandidos, revelando-se ainda mais cruel que os criminosos.

A inspiração vem de escritores renomados da literatura fantástica, como Ray Bradbury (Farenheit 451), Roald Dahl (Beijo com beijo), Richard Matheson (Eu sou a lenda) e J.G. Ballard (Crash).

“Também não faltam homenagens ao cinema, principalmente aos filmes “B’ dos anos 1970 e 1980, nem às clássicas séries de horror e fantasia, como Além da imaginação e Amazing stories”, diz o autor.

Lançamento

Assim como a maioria dos autores iniciantes, Riesemberg enfrentou dificuldades para a publicação de seu livro. Querendo fugir da fórmula de pagar para lançar, o autor trilhou um caminho mais demorado, até receber uma proposta da editora Biblioteca24x7, especializada em escritores iniciantes.

Muitas editoras que aceitam publicar livros de novos editores mudam o foco do seu comércio: cobram do autor que precisa então vender os livros -para que a publicação aconteça.

“Esse não era o meu objetivo e por isso continuei tentando até encontrar a Biblioteca24x7, que publica e eu passo a ganhar uma porcentagem em cima das vendas”, conta Riesemberg. “Queria lançar com o meu talento, não com o meu dinheiro”, completa.

No entanto, muitos autores acabam optando pelo caminho pago, com a expectativa do lançamento. “O problema é que muitas vezes essas editoras nem fazem o trabalho de divulgação. É como lançar um CD. Hoje, qualquer um grava, mas o problema está depois, em vender”, compara.

Sem divulgação, a publicação por uma editora nem sempre pode ser a opção mais viável. “Para um autor iniciante, editora grande é utopia. Tem que ser conhecido, nem precisa escrever bem, para conseguir a publicação em uma delas. Por isso, para muitos autores iniciantes, é mais fácil ir diretamente em uma gráfica do que aceitar uma dessas propostas”, afirma o autor.

Grafias noturnas pode ser adquirido por meio do site da editora: www.biblioteca24x7.com.br.

Grafias Noturnas é destaque em grande jornal do Paraná

O jornal O Estado do Paraná, um dos maiores do meu Estado, publicou no dia 29/09/09 uma ótima matéria sobre o livro Grafias Noturnas, e lhe deu grande destaque.



Para quem quiser conferir a versão on line: http://parana-online.com.br/editoria/almanaque/news/399864/?noticia=LIVRO+REUNE+CONTOS+DE+LITERATURA+FANTASTICA

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Grafias Noturnas no Boca do Inferno

Este grande portal brasileiro sobre terror está dando uma força na divulgação do livro, como podemos ver na figura abaixo.



Acesse: www.bocadoinferno.com
Na parte de Contos, há três trabalhos meus incluídos no livro: Eu Não Matei Charles Bronson, A Cápsula do Tempo e O Botão.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Prêmio no concurso Scritta


O meu conto Atraso na Entrega ficou entre os dez melhores do concurso Scritta On Line.

O tema do concurso era "O Mundo Virtual", e havia necessidade de se usar, além de criatividade, palavras relacionados ao universo da informática e da internet.

Para quem quiser lê-lo, segue o link: http://www.scrittaonline.com.br/artigos.php?ctd_id=1005

Atraso na Entrega está incluído no meu livro Grafias Noturnas

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Grafias Noturnas: um livro de terror para seres pensantes


Os portais do Inferno, que permaneceram fechados por milênios, finalmente se abrem: criaturas horrendas e perigosas são libertas na Terra, ansiosas para promover o caos e levar os humanos à própria destruição. É com essa premissa que Grafias Noturnas apresenta 21 contos fantásticos, onde cada um traz uma história sobre pessoas comuns tendo que conviver com inimigos poderosos e invisíveis, sendo eles um fantasma vingativo, uma epidemia mortífera ou até mesmo a própria ambição humana.

O autor, L.F. Riesemberg, selecionou com muito critério seus melhores contos produzidos durante toda a sua vida, dentre os quais muitos que venceram concursos literários de nível internacional. A maior inspiração para a obra veio de escritores renomados da Literatura Fantástica, como Ray Bradbury (Farenheit 451), Roald Dahl (Beijo Com Beijo), Richard Matheson (Eu Sou a Lenda) e J.G. Ballard (Crash), mas não faltam as homenagens ao cinema, principalmente aos filmes B dos anos 70 e 80, nem às clássicas séries de horror e fantasia, como Além da Imaginação e Amazing Stories, e nem ao bom e velho rock n’ roll.

Entre os contos presentes está Eu Não Matei Charles Bronson, sobre um jovem de classe média que, após ser vítima de um assalto, passa a incorporar a personagem de um justiceiro dos filmes policiais e sai noite afora em uma jornada sangrenta atrás dos bandidos, revelando-se ainda mais cruel que os criminosos. Sua leitura pode ser interpretada como uma ironia fina relacionada à violência da televisão e seus efeitos sobre o público: afinal, quem sabe onde está a fronteira entre o real e aquilo que assistimos na tela da TV?

Em A Lei de Lavoisier (Aplicada à Arte), um escritor fracassado descobre uma forma infalível para plagiar livros de sucesso sem que o desmascarem — mas não percebe que isso pode trazer problemas de proporções catastróficas para a humanidade. Esta fábula trata-se de uma alegoria sobre o competitivo mercado editorial. Mas Grafias Noturnas também tem espaço para a sutileza e a esperança no Bem, como em Meu Herói: história de um menino que acredita ter sido Jesus Cristo um verdadeiro detentor de super-poderes, precursor de todos os super-heróis dos quadrinhos. O suave A Visão é sobre a amizade entre um adolescente cego e um garoto muito especial. O que difere a obra de outros livros de terror da atualidade é a capacidade de se fazer analogias com temas reais, lançando um olhar sobre diversos assuntos sérios que envolvem a alma humana, mas sem esquecer dois pontos: entreter o leitor e usar o sobrenatural e o insólito como ponto recorrente em todas as histórias. “Não quero apenas contar histórias de horror ou suspense: quero também expor minha visão sobre o mundo”, diz Riesemberg.

Recheado de antíteses, Grafias Noturnas é assim: como a vida, traz momentos de medo e outros de tranquilidade, há contos macabros, e outros que mostram que ainda resta a fé no ser humano. De acordo com o autor, as histórias foram criadas como uma tentativa de se mostrar a complexidade do Universo, tão grande e misterioso, mas ao mesmo tempo tão simples e belo: as mesmas características que podem ser aplicadas a nós, os mortais.

O livro foi publicado pela editora Biblioteca24x7, e pode ser adquirido de forma impressa ou virtual através do site www.biblioteca24x7.com.br

Segue abaixo o texto da contra-capa:

Abrem-se as portas do Inferno, e criaturas hediondas são liberadas na Terra para promover o caos e confundir os humanos. Assim têm início as histórias de Grafias Noturnas.

Um pequeno objeto descoberto enterrado no jardim pode levar o mundo a um colapso. Distintos cavalheiros do século XIX resolvem pregar uma peça no amigo, com consequencias funestas. Um escritor encontra uma forma infalível para que não percebam que suas obras são, na verdade, plágios. Um jovem que, de tão obcecado pelos filmes violentos que assiste, resolve incorporar a persona de Charles Bronson e fazer justiça com as próprias mãos.

Relatos de pessoas comuns que se deparam com uma passagem para outro mundo: uma região além de onde a mente humana já conseguiu chegar.

Grafias Noturnas é uma coletânea de 21 contos fantásticos, que passeiam entre o natural e o sobrenatural, o amanhecer e o crepúsculo, conversando com Deus e com o Diabo, e remetendo a canções de ninar e a perversas maldições.

Sobre o autor:

Luiz Fernando Riesemberg, nascido em 1980, mora em São Mateus do Sul, no interior do Paraná. Formado em Jornalismo e em Letras, trabalha como redator de um periódico em sua cidade natal e escreve contos desde 2003. Vários concursos literários de nível internacional já premiaram seus textos.

Contato com o autor: luizrie@hotmail.com

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Grafias Noturnas: meu primeiro livro


Fazia um bom tempo que eu não postava nada de novo aqui. Mas havia uma razão: eu estava elaborando os retoques finais do meu primeiro livro de contos, fruto de um trabalho de quase seis anos.

Sim, em um longínquo 2003 eu escrevia meu primeiro conto, "Eu Não Matei Charles Bronson", para participar de um concurso da Associação de Escritores de Bragança Paulista. Foi muita felicidade quando vi que recebi Menção Honrosa pelo texto, e isso me deu gás e otimismo para continuar escrevendo. Muitos contos (e algumas premiações) depois, eis que surgiu a oportunidade de publicar este livro, por uma editora, onde reúno 21 dos meus escritos preferidos.

Minha paixão são os contos fantásticos, e acredito que em todos desta singela obra há algo de sobrenatural: vampiros, demônios, fantasmas, super-heróis e acontecimentos insólitos não faltam nas 158 páginas do livro. Para escrevê-lo, li e estudei muitos contistas clássicos e contemporâneos que exploram o mesmo estilo.

Para quem se interessar, Grafias Noturnas pode ser adquirido pelo site www.biblioteca24x7.com.br em forma impressa ou virtual. Espero que, ao ler minhas histórias, os leitores sintam o mesmo prazer que eu senti ao escrevê-las.

Abraços!