domingo, 29 de novembro de 2009

Prêmios, parte final

E agora apresento os últimos dois prêmios da promoção de Natal do blog Grafias Noturnas:

Grafias Noturnas (editora Biblioteca24x7, 160 pág), de L.F. Riesemberg, apresenta 21 contos do gênero fantástico, muitos deles vencedores de concursos literários, inspirados por autores como Ray Bradbury, Guy de Maupassant, Roald Dahl e Richard Matheson. Em um estilo leve e cinematográfico, esta obra não pode ser colocada no mesmo cesto de tantos outros livros considerados de terror lançados ultimamente no Brasil: em primeiro lugar porque aqui, o que importa é a construção de boas histórias, ao invés da simples tentativa de amedrontar o leitor. E além disso, há vários contos que, apesar de tratarem do sobrenatural, são repletos de poesia e mágica. É claro que há também aqueles que se voltam para a violência e a bestialidade, mas todos mostram-se como analogias de assuntos sérios e reais. Para ler a visão de um especialista no assunto que leu a obra, clique aqui.


Em contrapartida, Caminhos do Medo (ed. Andross, 208 páginas) é uma das piores antologias de contos de terror já lançadas em solo nacional. Apesar de trazer três ou quatro boas histórias, a maioria é problemática e cheia de clichês. Por que é que alguém ia querer um "prêmio" destes? É simples: pelo status trash que a obra irá adquirir com o tempo. Quem não se diverte com um bom filme ruim de terror, daqueles com péssimos diálogos e (d)efeitos especiais estapafúrdios? Pois este é o clima de 80% dos contos do livro. "Comédia involuntária" é o melhor termo para o resultado obtido por mais de 30 trabalhos dos 38 selecionados para esta fraca antologia. Ou seja, os autores tentaram fazer algo sério, mas é impossível não rir de tamanhas bobagens. Enfim, uma grande diversão!

Satisfeito? Ainda quer ter a chance de ganhar estes presentes? É simples: basta escrever para luizrie@hotmail.com com nome e endereço completos e responder: Para você, o que significa Grafias Noturnas? (Não é concurso. É sorteio!) As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 23 de dezembro de 2009, e o resultado sai no dia seguinte. São poucos concorrentes, então não perca a chance de levar vários desses prêmios para casa. Boa sorte!

sábado, 28 de novembro de 2009

Prêmios parte 4

Gizz de Feetal! Você não está tendo alucinações! É isto mesmo: a edição Nº 1 da revista do assassino Czarniano que matou a todos do seu planeta apenas para ser o único da espécie! O exemplar, lançado em 2002, é com certeza o prêmio mais valioso desta promoção. São 60 violentas páginas com o Lobo, e ainda traz uma biografia do putardo!

Adorável boneco Harry Potter, da Mattel, com aproximadamente 20 cm de altura. Acompanha uma pulseira de sapinhos.

Não deixe de concorrer. É só enviar um e-mail para luizrie@hotmail.com, respondendo: O que significa Grafias Noturnas? Mande também seu endereço completo. O resultado sai na véspera do Natal. Boa sorte!


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Nova entrevista no ar!

O blog Biblioteca Mal Assombrada publicou uma divertidíssima entrevista com este que vos fala. Acesse e comente, clicando aqui

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Prêmios parte 3

O CD de Ozzy Osbourne, Randy Roads Tribute, é a gravação de um show da banda em 1981. Foi lançado em 87, como homenagem ao exímio guitarrista, depois que ele morreu em um acidente de avião. Traz faixas dos álbuns Blizzard of Oz e Diary of a Madman, incluindo clássicos em versões fantásticas, como Mr. Crowley, Flying High Again e Goodbye to Romance, além de grandes hits do Black Sabatth (Iron Man, Paranoid). Um cd indispensável para os fãs de heavy metal!

Edição especial do maior clássico do comediante Jerry Lewis, que presta uma homenagem ao igualmente clássico O Médico e o Monstro. Nesta comédia, Lewis (que além de atuar era o diretor), interpreta o Dr. Julius Kelp, um míope e caseiro professor de química, ignorado pelas garotas e ridicularizado pelos alunos e colegas, que inventa uma poção mágica e se transforma em um belo e sofisticado "Romeu". Como extras, o dvd apresenta um vasto material como cenas deletadas, erros de gravação, testes e material de divulgação. Censura livre. 107 minutos.

Já enviou sua resposta? O tempo está passando! Responda o que você acha que significa Grafias Noturnas e envie, junto com nome e endereço para o e-mail luizrie@hotmail.com

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Prêmios parte 2

Outro prêmio que os participantes da promoção Natal Cultural Grafias Noturnas poderão ganhar é o dvd do divertido A Hora do Espanto (1985). No filme, um adolescente fanático por filmes de terror desconfia que seu novo vizinho é um vampiro. Assustador e engraçado ao mesmo tempo!
Censura 14 anos. 106 minutos.

O autor R.L. Stine criou uma das séries de maior sucesso em todo o mundo: Goosebumps é uma coleção que já vendeu mais de 300 milhões de livros, voltada para adolescentes. É terror infanto-juvenil, com boas doses de humor. Mas as histórias nunca terminam bem. Sorria e Morra...Outra Vez (editora Fundamento, 90 págs) é sobre uma máquina fotográfica que revela nas fotos aquilo que vai acontecer com a pessoa. Somente coisas ruins, vale dizer. É um barato, e ainda vem com mais um conto de brinde.

Já mandou sua frase? Não perca a chance! Escreva: luizrie@hotmail.com e responda - Afinal, que diabos significa Grafias Noturnas?

Prêmios!

Vamos falar um pouco sobre os prêmios da promoção Natal Cultural Grafias Noturnas. E vamos começar pelo dvd Despertar dos Mortos:


Segundo filme sobre mortos-vivos dirigido por George Romero, Despertar dos Mortos (Dawn of Dead, 1978) traz um grupo de sobreviventes sitiado em um shopping center, enquanto uma multidão de zumbis os espera lá fora. Considerado um dos melhores filmes de terror já feitos, cultuado por milhões de fãs em todo o mundo. Foi refilmado em 2004 por Zack Snyder. 142 minutos, censura 18 anos.

O livro Clube da Luta (Chuck Palahniuk, ed. Nova Alexandria, 221 pág.) foi a base para o diretor David Fincher criar a obra-prima do cinema, estrelada por Brad Pitt e Edward Norton. Com uma narrativa ágil e cinematográfica, a obra procura explorar o fascínio exercido pela violência em nossos dias, e ainda traz um final diferente do filme.

Em breve, outros prêmios. Veja o regulamento do concurso aqui.
Boa sorte!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Promoção Natal Cultural Grafias Noturnas


O blog Grafias Noturnas (grafiasnoturnas.blogspot.com) está promovendo a promoção Natal Cultural Grafias Noturnas. São 10 prêmios muito legais!


Livros:

Grafias Noturnas (L.F. Riesemberg)

Clube da Luta (Chuck Palahniuk)

Goosebumps – Sorria e Morra...Outra Vez (R.L. Stine)

Caminhos do Medo (vários autores)


DVDs:

Despertar dos Mortos (George Romero)

A Hora do Espanto (Tom Holland)

O Professor Aloprado (Jerry Lewis)


HQ:

Lobo Nº 1 DC Comics (Alan Grant, Val Semekis, John Dell)


CD:

Ozzy Osbourne – Randy Roads Tribute


Action figure:

Harry Potter (Mattel)


Para participar, basta responder a pergunta: Para você, o que significa Grafias Noturnas? As frases mais criativas serão publicadas no blog, mas TODOS os participantes concorrerão ao sorteio. Basta enviar, junto com a resposta, o nome e endereço completo para o e-mail luizrie@hotmail.com e torcer. As inscrições vão até o dia 23 de dezembro e o resultado sai no dia 24/12. Boa sorte!


Observações:

Poderão participar concorrentes de fora do Brasil, desde que arquem com as despesas de envio dos prêmios;

O 1º lugar terá direito a escolher 5 prêmios, o 2º lugar escolhe 3 prêmios dos 5 restantes e o 3º lugar fica com os 2 restantes.

domingo, 22 de novembro de 2009

Resenha de Grafias Noturnas na Livraria Outubro

O ótimo blog Livaria Outubro, de Cláudia Charão, publicou uma resenha de Grafias Noturnas, que eu transcrevo a seguir:

Apesar de gostar muito do gênero fantástico, tenho que admitir que não li tanto quanto gostaria desse estilo, mas isso vai mudar. Grafias Noturnas foi uma ótima surpresa, além de muito bem escrito, não é um diamante bruto, quando você lê sente que foi bem trabalhado, a seleção de contos é excelente e deve agradar os leitores (fãs do gênero ou não). O talento que Luiz F. Riesemberg mostra nessa obra de estreia, deixa claro que o trabalho dele vale a pena acompanhar. Para quem quiser ler algo dele é só visitar esse que é um dos blog do autor - Contos Fantásticos - lá ele posta contos dele e de outros escritores.
Encontrar um livro que se destaca e que se mantém fora da esteira é sempre tri empolgante, principalmente quando é daqui. Abaixo segue a lista dos 21 contos que compõe o Grafias Noturnas, com alguns coméntários meus (sei que as vezes escrevo coisas estranhas, mas fazer o que - fiquei sem fôlego):
Os Contos (fui escrevendo conforme ia lendo):

Prólogo: A reunião - Uma reunião do Diabo, seus seguidores e outras "entidades" para desenvolver um plano de ação para mudar a realidade do mundo. É um inicio excelente ... cria expectativa, apesar de os participantes dessa reunião não serem nada comuns, ninguém que você encontra no dia-a-dia, passa um sentimento de um pouco perto demais da realidade ... brutal ..., e isso dá medo.

O Guarda-Chuva - Em um jantar, um grupo de amigos resolve fazer piada de um dos convidados, por que ele é muito certinho. Nossa esse "relóginho" me lembrou muito uma pessoa, o humor entre amigos com o tom sombrio deu a história uma atmosfera estranha, mas envolvente.

A Cápsula do Tempo - O nome resume o assunto. Esse me fez pensar direto nos seriados de ficção científica, é uma situação que eu adoraria viver rsss até eu já enterrei coisas por aí, seria legal encontrar algo também. O que senti lendo esse é que parecia que a história ia ficando maior (não maior de mais páginas, de grande mesmo).

A Visão - É sobre um menino cego que resolve dar mais uma chance a amizade. Um dos melhores, ao mesmo tempo que é sinistro passa uma mensagem positiva, o personagem do novo amigo é muito carismático.

O Botão - Muito bom ... adorei, eu vi um trailer no cinema esses dias (quando fui ver 2012) de um filme que vai estrear aqui no Brasil, com a Cameron Diaz e o cara que faz o Ciclope no X-Men, que lembra essa história - o nome é A Caixa/The Box - no trailer ela tem uma caixa com um botão, caso ela aperte ela ganha 1 milhão, mas alguém (qualquer pessoa) desconhecido vai morrer. Bem ... usando o google eu descobri que o filme é inspirado no conto Button Button de Richard Matheson, e pela resenha do blog Biblioteca Mal-Assombrada esse conto também é, isso me leva a conclusão de que eu não comentei nada que ninguém já não soubesse. rsss Mas gostei muito do clima da história, a narradora parece tão perdida.

A Luta do Século - Esse é sobre um novo lutador aguardando a luta com um peso pesado invicto. É difícil comentar esse sem entregar nada, então só digo que gostei por que é estranho.

O Balanço - Esse é bem triste, dá um nervoso.

Meu Herói - Achei ótimo, "soa" tão realista a conversa e a situação que parece mesmo que o garoto de 10 anos esta te contando, é para se pensar mesmo ... essa idéia de qual é o melhor super-herói.

A Doença do Porco - Puxa esse invande bastante a zona de conforto do leitor rssss, com certeza um dos melhores contos do livro.

A Lei de Lavoisier (Aplicada à Arte) - Um autor tentando lançar o seu primeiro romance, descobre a fórmula do sucesso. Esse é impecável, o que o escritor descobriu é um sonho né? eu mesma já sonhei isso, só que foi com músicas rsss. Fora que antes já tinha vontade de ler Dracula e O retrato de Dorian Gray e agora acho que vou ter que fazer algo a respeito, uma visita a biblioteca pública deve ajudar. Acho que esse é o meu favorito.

Racha - Eu não sou muito ligada em carros, mas esse soa como uma poesia, é uma música.

No bordel, depois da meia-noite... - Em mais uma noite no Bordel uma prostituta conta a sua história a um cliente. Achei esse muito bem escrito como os outros, eu realmente não esperava o que ia acontecer - e isso sempre é bom, passa um ar maduro e uma certa classe.

Panelas de Ouro - Eu gosto muito quando os personagens tem um jeito/sotaque puxado de algum lugar, os irmãos são bem broncos, mas são divertidos.

Atraso na Entrega - Bem original e criativo, a internet é um assunto que pode render muitas histórias e esse conto é um bom exemplo disso.

A Presa e o Predador - Esse é sobre um menino que sofre provocações de um colega maior - bullying (eu não gosto da palavra, não vejo por que não podem usar uma expressão em português - só para esclarecer a palavra não esta no conto). Um assunto que é próximo demais, alias muito comum hoje em dia é todo o tipo de violência nas escolas. Estaria mentindo se dissesse que não entendo o lado dessa presa, já que não tive uma experiência escolar lá muito boa, claro que a minha natureza pacifica me torna diferente do Mauro - o que é uma coisa boa (eu acho rssss).

Pessoas de Bem - É o que dizem né? pelo menos o Joey disse: - Não existem boas ações altruístas, mas aqui a ganância foi um pouco demais, e o pior é que tem muita gente assim.

A Máquina da Alegria - O nome diz o suficiente, esse tem um estilo bem diferente dos outros, é mais meigo (que palavra besta de se usar rsss). Curti bastante, tanto a maquina quanto a história.

A Emissora - Um homem esta viajando sozinho em uma estrada deserta até sintonizar em uma rádio desconhecida. Esse conto me lembrou de alguns filmes que assisti, quero dizer a parte de viajar sozinho por uma estrada sinistra, mas o que acontece depois não tinha passado pela minha cabeça. A idéia das músicas novas é bem interessante - até ler esse, achava que só o Tupac lançava músicas assim.

Gata Rainha - Adorei esse ... amo gatos, o narrador "conversando" com o leitor cria uma atmosfera bem diferente e um pouco perturbadora. A história é surpreendente!

Viva a Morte! - Mudar sempre é bom, nesse mudou bastante o tom e a época, um principe que faz o que tem vontade, mesmo que isso prejudique e muito o próximo. Que inconsequente! Viva a Morte!

Eu Não Matei Charles Bronson - Terminou muito bem, não só manteve o nível como esse último deve ser um dos melhores do grupo. Não tem muito suspense, tem um ritmo de ação e muita violência, ou seja tudo de bom. hehe

Esta é a Sofia, curtindo o livro.

Wild Things

Minha nova aquisição. Assim que chegar, posto minhas impressões sobre o livro.

Vampiros do Século 21

Neste ano tive duas ótimas surpresas no quesito "filmes de vampiros." Não por acaso, produzidas bem longe dos Estados Unidos. A primeira veio da Suécia, com Deixa Ela Entrar, que está estreando no Brasil. E ontem tive o prazer de prestigiar o excepcional Sede de Sangue (Thirst), que deve chegar aos cinemas brasileiros em janeiro de 2010.

Dirigido pelo coreano Chan-wook Park (de Oldboy), o filme é tudo o que uma produção sobre vampiros deve ser nos dias de hoje. Além de ter um ótimo roteiro (quem é fã da trilogia da vingança, do diretor, sabe que a inteligência do espectador nunca é subestimada) e um grande elenco, é possível que se faça uma leitura totalmente humana dos dramas vivenciados pelos trágicos personagens. Algo que eu procurei fazer no conto No Bordel, Depois da Meia-Noite... do meu livro Grafias Noturnas.

Mas esse caráter filosófico-existencialista do filme não tira o foco dos vampiros, representando-os conforme quase todas as convenções do gênero: a necessidade de sangue, a vulnerabilidade ao sol e a super-força estão presentes (não há sinais de dentões), mas sempre trazendo grande originalidade ao apresentá-los (ou seja, não espere clichês).

No filme, Sang-Hyun é um padre que se submete a experiências científicas na tentativa de se encontrar uma cura para um vírus mortal. Assim ele é contaminado, e ao receber uma transfusão de sangue, acaba por se tornar um vampiro. Desta forma, terá que se virar nos 30 para se alimentar sem matar ninguém.

Além de todos os conflitos que enfrenta pela sua atual condição, ele acaba se envolvendo com uma mulher casada, que também se transforma em vampiro e mostra-se extremamente cruel ao caçar seu alimento. Na verdade já falei demais. Quanto menos se souber a respeito, melhor, pois o filme é cheio de reviravoltas.

Além disso, a direção de fotografia é soberba. Cada fotograma do filme poderia ser emoldurado e pendurado em uma galeria de arte. Sem falar nos impressionantes efeitos especiais: comedidos e extremamente realistas.

Enfim, uma obra-prima. Os filmes de vampiros que surgirem a partir de agora têm uma responsabilidade enorme (bem que o Gus Van Sant poderia aceitar aquele convite para dirigir Eclipse e finalmente salvar a irritante série baseada nos livros de Stephenie Meyer).


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Reflexões sobre a esperança

Pandora abrindo a caixa e deixando as misérias soltas em nosso mundo.
A Esperança também estava lá dentro.
Já no prólogo de Grafias Noturnas (o conto A Reunião), há uma polêmica discussão em torno da participação da personagem Esperança. A mesma esperança que estava na caixa de misérias que Pandora abriu. Assim, fica a pergunta: afinal, a Esperança é boa ou ruim? Ela é sempre citada nesta época do ano, nos cartões de natal e nos votos de ano novo. Mas há também quem a refute, alegando que é uma forma de acomodação. Afinal, "esperar" alguma coisa é ficar de braços cruzados, e quando queremos algo é imprescindível colocar mãos à obra e trabalhar.
Longe de querer repudiar qualquer bom sentimento, fica apenas a minha dica: ter esperança é bom, mas se formos contar apenas com ela, é provável que não consigamos atingir nossos objetivos. Acredite, mas trabalhe!

Abraços

domingo, 15 de novembro de 2009

História Viva

André interpretando conto do meu livro

Estou participando de um curso de contação de histórias do instituto História Viva, pelo qual os voluntários vão a hospitais, asilos e creches contar e ouvir histórias dos pacientes. Neste sábado (14/11) foi nossa prova de fogo, quando tivemos que contar uma história para a banca examinadora. Para minha surpresa, o colega André Vistuba escolheu meu conto Pessoas de Bem, do livro Grafias Noturnas.

Não é que ele encarnou direitinho o narrador/protagonista da história? O papel caiu como uma luva! Foi hilário.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Outra vez nas ondas do ar, parte II

Aí estou eu, no estúdio na rádio Novo Milênio, participando do programa Giros e Agitos, com a Jéssi. Foi show de bola! O áudio está abaixo para quem quiser ouvir . A gravação não ficou muito boa, e percebi que preciso ir em uma fonoaudióloga - devo ter esquecido como se fala direito, só pode ser isso. Ah, e o cabeção aqui ainda não aprendeu a falar direito no microfone: só depois da quinta frase, eu acho, é que dá para ouvir o que eu falo. Tsc, tsc... Dica: ouça com o fone de ouvido, para entender melhor meus grunhidos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Valeu, gaúcho!

Acima, um gaúcho Típico
Quero agora fazer um agradecimento público ao Gérson César de Souza, um dos "cabeças" da Petrobras, colunista do jornal e astrônomo amador. Ele não apareceu na noite de autógrafos, pois teve uns contratempos, mas comprou um livro na loja e veio me trazer no trabalho para receber o autógrafo.

Exageradamente, ele disse que sou um dos maiores contistas do Brasil. Disse que está desde ontem devorando o livro, e que até o momento seu conto preferido foi A Visão. Falou também que o que ele mais está gostando é o caráter imprevisível das histórias. "Fico tentando imaginar como elas vão acabar, mas sempre me surpreendo", comentou.

E o que mais me agradou: disse que recentemente leu um livro de contos de Simões Lopes Neto, e que eu sou melhor. Poxa, um gaúcho falando que prefere os meus contos do que os de outro gaúcho! Todos os gaúchos que conheço têm muita paixão pelo Rio Grande do Sul, e acho isso muito bonito. Todos eles defendem com toda a garra as suas tradições, a sua cultura (e os seus times, é claro). Portanto, o elogio do Gérson já me valeu o dia.

Obrigado, mais uma vez!

E leia 2 ótimos contos de Simões Lopes Neto: Negro Bonifácio e Trezentas Onças

Outra vez nas ondas do ar...

Nesta sexta-feira 13, às 11:00 h, darei uma entrevista na rádio FM Novo Milênio 87.5 Mhz.
Pena que desta vez não será possível acompanhar pela internet.
Mas tá valendo! Quem puder, sintonize seu radinho.
Abraços

Grafias Noturnas ganha asas

Informo que hoje enviei a primeira remessa do livro pelos correios. Dentro em breve os meus contos estarão sendo lidos em:


Zurique


São Paulo


Logan (Utah - EUA)

Aveiro (Portugal)

Campo Mourão (PR)


Curitiba (PR)


Porto Alegre (RS)

Eu sabia que esse meu livro ia longe.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Noite de autógrafos


Enfim, aconteceu a tão esperada noite de autógrafos por ocasião do lançamento de Grafias Noturnas. Não posso dizer se o evento atendeu ou não minhas expectativas, pois elas não existiam: eu não tinha a menor ideia de como seria. Viriam 200 pessoas? 10? nenhuma? Seria agradável? Ficaria marcado positivamente na memória? Eu não tinha nem como imaginar essas coisas. Porém, examinando a minha sensação depois de terminado, só posso dizer que foi ótimo.

Vejamos: apesar de não terem comparecido (por motivos justos) algumas pessoas que eu acreditei que iriam, houve várias que eu nunca imaginei que estariam lá. Até o prefeito, Luiz Adyr Gonçalves Pereira, saiu de uma importante reunião e ficou um bom tempo. Algumas pessoas que eu mal conhecia, e outras que eu não via há séculos, também estiveram lá.

Como aqui na minha cidade esse tipo de evento é raro (acredito ter sido o terceiro morador a lançar um livro), o próprio público não sabia o que esperar, e houve até quem me perguntasse se seria o certo trazer um presente para o escritor (o que eu respondi afirmativamente, é óbvio, hehehe). Assim, por quase ninguém ter tido alguma expectativa, acredito que todos devem ter gostado.

O salão do hotel Dom Leopoldo é lindo, como eu já sabia. A vista da cidade, incrível. Acredito que o coquetel também tenha agradado (os docinhos da minha irmã fizeram muito sucesso), e de última hora exibimos alguns dvds musicais na TV: nada melhor para uma noite cultural.

Como o lançamento estava marcado para entre as 19h e as 21h, não preparei nenhum discurso, para que os que chegassem mais tarde não perdessem nada. Mas quando o presidente da Fundação Cultural quis falar algumas palavras, e depois o prefeito, e a secretária de educação, e a D. Edith, e a Adriana... então eu também tive que falar. E, mesmo no improviso, acho que consegui explicar o que me leva a escrever, e o que representava para mim aquele lançamento.

D. Edith aproveitou para falar publicamente o que havia me dito em particular: que seu irmão Luiz Vilela, o escritor, havia folheado o Grafias Noturnas e dito que eu tinha futuro. Segundo ela, ele é bem exigente e não fala isso para qualquer um. Ele também leu uma entrevista minha, e disse: "Esse sabe o que tá falando", além de me dar alguns conselhos importantes. Para mim já valeu a noite!

Depois dessa parte passamos para os autógrafos. Não fiz como o amigo Mário Carneiro que nem levou caneta para o próprio lançamento e teve que arranjar uma Bic azul, então eu já tinha uma bem bonita na mesa. Porém, minha letra estava horrível. Não tive muita inspiração para escrever a maioria das dedicatórias, mas a dos meus amigos de infância e dos familiares mais próximos, estas foram inspiradas.

Cheguei a cansar de tanto escrever, e no final da noite havia assinado quase 50 livros. Não sei se é pouco ou muito, mas fiquei bem feliz com cada pessoa que esteve lá. Além dos meus amigos Thomas e Edna, que foram fazer as fotos, havia mais três sites fotografando o evento.

Muita gente foi indo embora, mas houve alguns que ficaram até bem mais tarde da hora marcada para o encerramento. Com esses eu pude conversar, mas com a maioria eu só travei algumas palavras durante a hora em que assinei os livros. Gostaria de ter passado mais tempo com todos.

E agora, passado o lançamento, começou uma nova fase: o pessoal que não pôde ir já começa a me procurar querendo comprar o livro, e eu começo a esperar as opiniões de quem já vai lendo os contos.


domingo, 8 de novembro de 2009

A primeira resenha

O escritor Mário Carneiro Jr teve a ousadia de escrever a primeira resenha sobre Grafias Noturnas, publicada em seu blog Biblioteca Mal Assombrada. Segue, abaixo, suas impressões conto a conto.

O Prólogo: A Reunião dá o tom do que virá a seguir, com seu tom de fábula sombria; uma história fechada sobre uma assembléia entre o Diabo e seus súditos, e que talvez se passe no mesmo universo dos outros contos (talvez). Um começo tão bacana gera expectativa, então partimos para o próximo conto esperando por coisa boa.

Felizmente somos atendidos: O Guarda-Chuva é justamente o conto que ficou em segundo lugar no concurso que organizei. Um conto clássico de horror sobre um grupo de amigos que resolve pregar uma peça no amigo certinho. História sutil e elegante. Não faria feio em uma daquelas antologias clássicas que já resenhei aqui na Biblioteca. O final é um calafrio.

A Cápsula do Tempo certamente vai lembrar os leitores do filme Presságio, com Nicolas Cage. Riesemberg teve a idéia antes do filme aparecer, em uma daquelas coincidências que acontecem de vez em quando. Mesmo assim o conto difere por sua abordagem intimista, com uma perspectiva sombria.

A Visão fala sobre um menino cego e sua conversa com um estranho. Um conto tocante, que talvez não seja o mais imprevisível do mundo (ah, convenhamos, a gente adivinha o que vai acontecer várias linhas antes), mas o que importa se o conto emociona do mesmo jeito? Eu apenas dispensaria a "moral da história", que me pareceu desnecessária.

O Botão (aparentemente inspirado no conto Button button, de Richard Matheson) propõe um dilema moral para um casal sem grandes perspectivas. Perfeito e arrepiante!

A Luta do Século é um dos contos que não empolgou; não é ruim, pois um escritor como Riesemberg nunca fica abaixo de um determinado nível de qualidade. Mas não trás nada de novo para os aficionados pelo gênero terror, apoiando sua trama unicamente em um recurso que já foi usado muitas vezes na literatura fantástica (que diabos, eu mesmo já usei em dois contos!). Mas talvez o maior problema seja que, depois de tantos contos quase excelentes, a menor qualidade deste aqui se torna mais evidente.

Mas tudo bem; o conto seguinte (O Balanço, que mostra o diálogo entre um garoto e um velho desconhecido), é bom o bastante para fazer o livro voltar às alturas.

Meu Herói, conto sobre um menino que considera Jesus Cristo o primeiro e maior super-herói de todos os tempos. Bem, confesso que não gostei muito, por razões meramente subjetivas. Já ouvi muitas histórias no estilo antes, e sou meio avesso ao tipo. Mas tenho certeza que a maioria vai gostar.

A Doença do Porco é um conto que me deixou intrigado... Será que o Riesemberg escreveu ela há tempos antes, profetizando uma pandemia, ou simplesmente se inspirou na gripe h1n1 para escrever? Sei lá, só sei que a história deixa um quê de desconforto em vista da verossimilhança. Isso é terror real, caras. Coisa boa.

A Lei de Lavoisier (Aplicada à Arte) é um caso à parte. Não é bom, é transcedental! Perfeito. Poderia figurar em uma antologia entre Ray Bradbury e Guy de Maupassant, que estaria no mesmo nível de qualidade. No conto, um escritor encontra uma maneira de reescrever grandes obras da literatura, sem que ninguém perceba o plágio. Para quem é escritor, a história ganha ares ainda mais deliciosos, pois aborda temas que torturam qualquer candidato à escriba (como o conhecido e irritante plágio involuntário, a falta de compreensão sobre isso por parte de algumas pessoas, etc). Riesemberg estava inspirado pra caramba, pois o desenrolar é recheado de pequenas pérolas, frase realmente ótimas como: "Foi um lapso interessante da mente, no qual nunca havia sequer ouvido falar. Sem conhecer melhor definição para o que sentiu, diria que era um deja vu ao contrário: como se nunca tivesse estado antes naquele lugar, apesar de conhecê-lo muito bem." Enfim, uma idéia genial e original ao extremo, com o melhor final que um escritor poderia imaginar.

Racha é muito bacana. Riesemberg evita o moralismo ao descrever um carro como uma criatura viva, selvagem e impassível, que não se importa com a vida alheia quando deseja competir com um rival. Paradoxalmente com o tema, é um conto recheado de beleza e poesia.

No Bordel, depois da Meia-Noite... é excelente e irônico. Gostaria de fazer um paralelo com outro conto, mas pra quem ler, isso seria o equivalente a um spoiler. Digamos apenas que Riesemberg compensa o erro que cometou em outro conto do livro, cujo tema é semelhante.

Panelas de Ouro é a versão do autor para aquelas típicas lendas folclóricas e "causos" regionais. Quem não gosta de ouvir uma boa história, contada por um tio ou um avo que veio do interior? Pois esse é o clima que esse conto passa, um sabor de nostalgia e infância. E mais alguns calafrios de lambuja.

Atraso na Entrega é legalzinho, uma história sobre um rapaz que recebe um e-mail bastante atrasado, com implicâncias que o assustam. O problema é que, em vista das explicações racionais para o acontecido, a reação do personagem me pareceu meio descabida, exagerada. Ahhh, Riesemberg, estamos chegando ao final do livro, não vá perder o fôlego agora!

A Presa e o Predador é um conto doloroso... Doloroso para aqueles que já foram perseguidos por colegas mais fortes e agressivos (ou seja, que sofreram a infame prática do bullying); é tão real que incomoda. Terror cotidiano e real, que deixa um gosto amargo na boca. Isso é ruim? Não, do ponto de vista literário é ótimo, pois o conto atinge seu objetivo. É claro que nem todos vão gostar da experiência, mas enfim, aqui não é pra gostar mesmo, é pra provocar.

Pessoas de Bem é uma história hilária, sobre um espertalhão que tenta se dar bem às custas de um milionário. O final resultou um tanto "forçado", na minha opinião, mas mesmo assim a ironia é deliciosa.

A Máquina da Alegria, homenagem clara a Ray Bradbury, é outro conto nostálgico recheado de poesia. Mestre Bradbury ficaria orgulhoso se pusesse as mãos nesse aqui.

A Emissora, sobre um motorista solitário que sintoniza uma rádio com músicas desconhecidas, é outro conto das antigas, com elementos sobrenaturais bastante sutis. Tão sutis que talvez sequer tenham acontecido, num recurso literário que muito aprecio.

Gata Rainha é narrado em primeira pessoa na forma de um monólogo. Muito legal, principalmente para quem gosta de gatos e conhece algumas lendas e mitos à respeito dos felinos.

Viva a Morte! é um barato, um sarcasmo tão grande que é impossível não rir do desfecho. Bem feito para aquele principezinho de meia-pataca!

Bem, estamos chegando ao final, e a montanha russa está em rota ascendente faz tempo. Como será que o livro vai terminar? Pois continua subindo, dessa vez de maneira quase vertical: Eu Não Matei Charles Bronson, outro dos contos premiados do autor, é um verdadeiro tapa na cara do leitor (ou melhor, um tiro de espingarda cano duplo). Provocativa como um bom conto de Chuck Palahniuk, acompanhamos a busca por justiça de um homem que foi roubado na calada da noite. Interessante notar que, embora alguns contos anteriores do escritor tivessem preceitos morais bastante evidentes, ele não se faz de rogado quando resolve abandonar qualquer filosofia edificante. Eu Não Matei Charles Bronson é o segundo melhor conto do livro, na opinião deste que vos fala, perdendo por pouco para A Lei de Lavoisier. Em resumo, fecha com chave de ouro este verdadeiro baú de tesouros.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Entrevista na rádio Cultura FM

Amigos:

Neste sábado (07/11), às 10:00 h da manhã baterei um papo ao vivo na rádio Cultura Sul FM, onde falarei sobre meu livro Grafias Noturnas.

É possível ouvir o programa pela internet, clicando aqui e depois no ícone do Windows Media Player ao lado de "98.5 MHZ ao vivo".

Mandem boas vibrações, já que é a primeira vez que farei isso.

Um abraço!

UPDATE: Valeu, amigos. Adorei as boas vibrações e a audiência, inclusive a do público de outras cidades que acompanhou pela internet. Giulia Moon: falei de você! Foram 15 minutos no ar, mas pareceu só 15 segundos. Gostei tanto que já estou programando mais uma, só que desta vez em outra rádio, sem a chance de ouvir pela net, sorry...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Cápsula do Tempo em áudio

O Daniel Amaral, do podcast Amor e Poesia, de Portugal, fez um trabalho muito legal com o meu conto A Cápsula do Tempo, transformando-o em um programa de rádio. Para quem quiser ouvir a história em sua bela voz, acompanhada por efeitos sonoros e trilha de fundo, dá uma passada no podcast dele. Aproveita para deixar um comentário.

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