domingo, 25 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

Leitor ávido

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Célebre primeiro autógrafo

Desde que comecei a ficar conhecido na minha cidade como "aquele cara que escreve contos" — já que saíram no jornal as notícias dos concursos literários que venci — algumas pessoas que me conhecem sempre acabam tocando no tema da escrita e da literatura. Há algum tempo conversei com uma moça e travamos um diálogo mais ou menos assim:

— Eu soube que você ganhou um prêmio de literatura. Meus parabéns!
— Ah, muito obrigado.
— O que você escreve?
— Contos.
— O meu tio também escreve contos.
— Que legal! Ele também participa de concursos?
— Às vezes! O maior que ele já ganhou foi o Jabuti.

Eu não sabia, mas o Luiz Vilela, um dos poucos contistas (vivos) reconhecidos do nosso país, tinha parentes morando a apenas algumas quadras da minha casa. O Sr. Carlos Luiz, seu cunhado, é um senhor com quem eu vivia conversando, e ele nunca tinha me dito nada!

Depois de algum tempo, quando o Sr. Carlos e sua esposa Edith (irmã do Luiz Vilela) foram visitar o escritor e sua mãe (que está com 105 anos) em Ituiataba (MG), eles me trouxeram de lá um exemplar de No Bar, autografado pelo meu xará escritor.

Ele escreveu:
"Para o Luiz Fernando, com um abraço.
Luiz Vilela.
Ituiutaba, 27.10.2008"



Naquele tempo eu apenas sonhava com o lançamento do meu livro, e prometi a mim mesmo que enviaria um a ele, assim que o lançasse. Não sei se vou conhecer o Luiz Vilela algum dia, mas acho que me sentiria muito à vontade com ele. Pelo menos é assim que me sinto em relação ao simpático casal de parentes dele. O Sr. Carlos e a Sra. Edith são aqueles mineirinhos risonhos, que falam devagar, gostam de uma boa conversa e oferecem um cafezinho de Minas que é uma delícia.

Bem, os dias se passaram e, por uma daquelas coincidências incríveis, meu livro chegou às minhas mãos exatamente um dia antes do casal partir novamente para Ituiutaba. Não deu outra: aproveitei a chance e mandei com eles um exemplar do Grafias Noturnas. E acabou sendo o primeiro livro autografado por mim:

"Para o mestre Luiz Vilela, com um grande abraço.
São Mateus do Sul, 20.10.2009".

Faltava exatamente uma semana para completar um ano do autógrafo que ele me deu.

Agora resta saber se ele vai gostar dos meus contos tanto quanto eu gostei dos dele.




Charles Bronson


No próximo dia 03 de Novembro Charles Bronson estaria completando 88 anos se estivesse vivo.
Deixo antecipadamente meus parabéns a este ícone do cinema, que me inspirou a começar a escrever. Quanto mais passa o tempo, mais eu vejo que acertei ao começar a criar contos com "Eu Não Matei Charles Bronson". Talvez alguns de seus filmes sejam violentos demais (assim como o conto), mas o estilo bem humorado e o imenso carisma do ator mostravam claramente que ele era uma pessoa muito doce por trás da câmeras. Digo mais: que para mim este gênero exagerado, cheio de tiros e mortes, serve apenas como uma crítica à nossa situação real, e não como uma apologia da violência.

Parabéns, Bronson. E para que tem "desejo de matar" as saudades, deixo uma cena de Desejo de Matar IV.



domingo, 18 de outubro de 2009

Divulgação: saiu a Terrozine 14

Saiu a última edição da Terrorzine, a revista virtual mensal de minicontos de horror. Além das excelentes histórias, três entrevistas (inclusive uma comigo!).

Baixe a sua gratuitamente no link abaixo, vale a pena!

http://www.cranik.com/terrorzine14.pdf

Abraços!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Eu não matei Charles Bronson" em jornal do governo da Paraíba


O conto Eu Não Matei Charles Bronson, incluso no meu livro Grafias Noturnas, foi reproduzido parcialmente no jornal impresso e no site A União, do governo da Paraíba, e recebeu os inteligentes comentários da pedagoga e aluna do curso de Letras da UFPB, Grygena Targino, colunista do periódico:


Quem alguma vez não teve vontade de ser Charles Bronson pelo menos por um dia para ajudar a acabar com os marginais que aterrorizam os cidadãos que pagam seus impostos, trabalham para viver, mas têm dificuldades de acesso aos direitos mais elementares garantidos por lei, com destaque para a segurança e a liberdade, hoje negadas à grande maioria dos brasileiros de bem? É desse tipo de sentimento que trata o conto "Eu não matei Charles Bronson", do jornalista paranaense Luiz Fernando Riesemberg, obra esta disponibilizada na rede mundial de computadores.


Ou será que o autor não estaria fazendo uma crítica à violência levada ao ar, em todos os recantos do mundo, através do cinema e da televisão, no momento em que faz um paralelo da vida do personagem (rapaz de classe média que tem sua casa roubada e sai para pegar os bandidos) e o personagem Charles Bronson?


Seja qual for o entendimento do leitor, o fato é que o conto fala da violência, e chama a atenção para o perigo que corremos quando colocamos pessoas estranhas para trabalhar em nossas casas; quando confiamos no próximo e quando acreditamos que todas as pessoas não nos desejam o mal, nem são capazes de nos prejudicar.

Deixando a violência de lado, o texto aqui resumido é interessante porque consegue dosar bem várias realidades: a do leitor, a do personagem central e demais figuras que compõem a história e a do personagem Charles Bronson. E de Charles Bronson ainda vão duas realidades: a do ator, que morreu velho e doente, e a do justiceiro, imortalizado pelo cinema, pela televisão e pela violência crescente e impune que a cada dia mais atormenta as sociedades humanas.

Visualize o texto completo

Obs: Acho que esse conto é bem "cabra macho" mesmo, muito apropriado para os leitores paraibanos (com todo o meu respeito).

Obs 2: Não gostei de terem publicado apenas um resumo do conto original. Há partes que foram cortadas sem que se inserissem as devidas reticências [...]

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Selo de Qualidade


O blog Livraria Outubro, da Cláudia Charão, indicou Grafias Noturnas para receber este selinho de qualidade. Agradeço de coração!

Aproveite e deixo aqui o endereço deste ótimo espaço, voltado à literatura fantástica, com ótimas resenhas de muitos e muitos livros:

Livraria Outubro

Grafias Noturnas no site Contos Fantásticos



www.contosfantasticos.com.br

Divulgação de livro: Galeria do Sobrenatural



O colega Mário Carneiro Jr. está convidando a todos para o lançamento desta antologia, na qual ele contribui com mais um de seus ótimos contos. Um belo programa para o Dia das Bruxas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Entrevista para o Ademir Pascale

Ademir Pascale: Quais foram as principais influências e como foi o início de L. F. Riesemberg para o meio literário?

L. F. Riesemberg: Acho que o início de qualquer pessoa no meio literário começa no dia em que ela começa a ler. Eu tive a oportunidade de conviver com muitos livros desde a infância, e isso foi fundamental para surgir o meu interesse em ingressar nesta área. Decidi que queria ser escritor quando eu tinha uns 12 anos e já havia lido quase todos os romances do Sidney Sheldon que meu pai tinha em sua biblioteca. De lá para cá eu me preparei, tendo inclusive concluído as faculdades de Jornalismo e Letras, e nunca deixei de encarar os livros como fascinantes e mágicos. Minha primeira influência para a escrita foi o Stephen King, pois comecei a ler suas obras ainda na adolescência. Mas hoje há outros autores que me comovem muito mais que ele: Guy de Maupassant, Jorge Luis Borges, Horácio Quiroga, Ray Bradbury, Roald Dahl, Richard Matheson e J.G. Ballard são alguns nomes que me chamam a atenção, porém estou sempre em busca de outros, que possam me interessar ainda mais.

Ademir Pascale: Poderia comentar sobre a sua recente obra Grafias Noturnas (Biblioteca 24x7)?

L. F. Riesemberg: Este é meu primeiro livro solo, no qual reuni 21 contos do gênero fantástico, escritos entre 2003 e 2009. Vários deles já haviam sido premiados em concursos literários pelo país e publicados em antologias durante este período.

Ademir Pascale: Por que a escolha pelo terror?

L. F. Riesemberg: Não sei se posso dizer que o meu gênero é terror. Prefiro a denominação de “fantástico”, pois não escrevo para causar medo e espanto. Ao contrário: em meu livro há contos muito sensíveis, havendo espaço para o drama e para o humor. A questão é que sempre abordo algum elemento sobrenatural em minhas histórias, como fantasmas, vampiros e demônios. Existe a denominação “Realismo Fantástico” para esse gênero, produzido em larga escala na América Latina, que pode até descrever fadas e monstros, por exemplo, mas como alegorias para tratar de temas sérios e muito reais. Particularmente, não vejo sentido em uma literatura que preocupa-se apenas com o choque e com a violência gratuita: disto, o mundo real já está cheio, e eu quero que meu trabalho traga algo de bom e instrutivo a quem o ler.

Ademir Pascale: Como está sendo a receptividade dos leitores e a repercussão na mídia?

L. F. Riesemberg: A recepção está me surpreendendo. Estou longe de ser um campeão de vendas, mas noto que muita gente tem se interessado pela obra, aprovando sua qualidade e indicando-a para os outros. Depois que ilustrei uma reportagem em um grande jornal do Paraná, vi que rapidamente vários sites já reproduziram o texto, e há gente divulgando até em Portugal. O fato de não ter uma grande editora para fazer a distribuição e a divulgação torna as coisas mais difíceis e demoradas, mas eu tenho tanto amor pelo meu trabalho que encaro este desafio com muita satisfação e um grande sorriso no rosto.

Ademir Pascale: Como os interessados deverão proceder para adquirir o livro?

L. F. Riesemberg: Grafias Noturnas está à venda no site www.biblioteca24x7.com.br. Lá é possível comprar a versão impressa ou a virtual, que é obviamente mais barata. Para quem não estiver no Brasil, pode conseguir pelo site da Amazon. E se alguém quiser adquirir comigo mesmo, entre em contato pelo e-mail luizrie@hotmail.com, pois caso eu possua em estoque, terei o maior prazer em vender exemplares autografados.

Ademir Pascale: É verdade que alguns dos contos de Grafias Noturnas estão sendo utilizados em salas de aulas de algumas universidades dos EUA?

L. F. Riesemberg: Sim, é verdade. A Drª Cacilda Rego utiliza três contos incluídos em Grafias Noturnas (além de um quarto, que não entrou no livro) — os quais eu havia postado na internet há algum tempo — para ministrar um curso de Literatura Brasileira na Utah State University. Descobri isso ao acaso, fazendo pesquisas no Google, e entrei em contato com ela. Segundo Cacilda, no Brasil há ótimos escritores do Fantástico que não são reconhecidos pela crítica, e esse é um gênero que gera o interesse de muitas pessoas — até mesmo daquelas que não têm o hábito de ler. Por isso, e aliado ao fato de ela ter achado meus contos “ótimos”, como me confessou, ela os escolheu para o curso. Nem preciso dizer como fiquei orgulhoso ao saber que, na programação da disciplina, meu nome estava entre os de autores como Machado de Assis, Graciliano Ramos, J.J. Veiga e Murilo Rubião, representando a literatura brasileira para estudantes norte-americanos.

Ademir Pascale: Por favor, fale mais sobre seu conhecimento e suas experiências com o espiritismo.

L. F. Riesemberg: Nasci em família espírita, e sempre gostei muito de estudar a doutrina codificada por Allan Kardec, e também de ler obras deste gênero. Inclusive há centenas de romances mediúnicos (psicografados) que poderiam figurar entre os maiores clássicos da literatura mundial, caso fossem mais conhecidos pelo público e respeitados pelos literatos. É claro que entre eles não entram os livros da Zibia Gasparetto, que são muito fracos, trazem vários erros doutrinários e, infelizmente, são muito populares em nosso país. Estou falando de obras como A Vingança do Judeu (de J.W. Rochester), ou de qualquer uma psicografada pelo Chico Xavier. Quanto às minhas experiências, atualmente estou em um grupo de estudos sobre a mediunidade, leciono para uma turma de jovens espíritas e faço parte da diretoria de um centro em minha cidade. A palavra de ordem do espírita é “aprender”, e para isso tenho procurado ler, frequentar cursos e assistir palestras. Sei que ainda há preconceito por parte dos que não conhecem a doutrina, que acham que espiritismo é coisa do diabo e que todos os médiuns são farsantes, por isso eu luto para provar que o espiritismo pode responder a todas as perguntas do ser humano e é capaz de transformar as pessoas e o mundo em algo muito melhor.

Ademir Pascale: Existem novos projetos em pauta?

L. F. Riesemberg: Nesse momento estou esboçando um romance, parte autobiográfico e parte ficcional, sobre o fim da infância e o início da adolescência. Nele haverá muitos ensinamentos que eu só pude compreender mais tarde, graças justamente ao espiritismo. Minha intenção é fazer com que os jovens evitem muitos erros que geralmente são cometidos na adolescência, e procurarei abordar temas como o uso de drogas, o suicídio e aquela perigosa brincadeira chamada “jogo do copo”. Mais uma vez será literatura fantástica, mas tratando de temas muito reais. Espero que o resultado seja o meu “O Corpo” (conto de Stephen King que deu origem ao filme Conta Comigo) pessoal. Além deste projeto, eu não quero parar de produzir contos, e tenho vontade de experimentar a literatura infantil um dia.

Ademir Pascale: Quais dicas daria para os novos escritores?

L. F. Riesemberg: Em primeiro lugar: ler muito. Em segundo: ler muito. E em terceiro: ler muito. Um escritor que não gosta de ler é a mesma coisa que um médico sem diploma. E é muito importante que se conheça o maior número possível de autores, de todos os estilos, pois às vezes você pode escrever algo e acreditar que aquele texto é um poço de originalidade, sem imaginar que algum autor que você não conhece já fez aquilo mesmo, de uma forma muito melhor, há mais de um século. Somente assim para alguém escrever bem. Além disso, é preciso escrever todos os dias, pois a falta de prática atrofia o poder da escrita. E a minha experiência demonstrou que a participação em concursos literários é uma ótima forma de saber o que os outros acham do seu trabalho. Não vale perguntar para a mãe se ela gostou do seu conto: é preciso ouvir a opinião de alguém neutro, e que possua conhecimentos profundos sobre literatura.

Ademir Pascale: Onde os interessados poderão saber mais sobre L. F. Riesemberg?

L. F. Riesemberg: Através do meu blog grafiasnoturnas.blogspot.com e do meu perfil no Orkut. Também podem me escrever no e-mail, que terei prazer em responder, conforme minha disponibilidade.

Perguntas Rápidas:

Um livro: Lolita, de Vladimir Nabokov
Um(a) autor(a): Ray Bradbury
Um ator ou atriz: o argentino Ricardo Darín
Um filme: O Labirinto do Fauno
Um dia especial: O dia em que venci meu primeiro concurso literário, o que me deu o gás definitivo para optar pela carreira de escritor.
Um desejo: O de ter uma vida feliz e de sair dela levando apenas boas lembranças.

Ademir Pascale: Desejo-lhe muito sucesso em suas empreitadas literárias. Um forte abraço.

L. F. Riesemberg: Agradeço de coração e retribuo os votos. Grande abraço!

Fonte: http://www.cranik.com/entrevista128.html

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Feliz Aniversário para mim


Completo hoje os 29 anos desta existência, em um momento em que estou muito feliz. Obrigado, amigos, por estarem me ajudando a viver meu sonho. Beijos e abraços carinhosos a todos os leitores deste espaço!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Grafias Noturnas em Portugal

O blog ocantinhodatati.blogspot.com, de Portugal, também está fazendo a divulgação de Grafias Noturnas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Contos de Grafias Noturnas são usados em aulas de universidade dos EUA

Nesta semana, procurando o meu próprio nome no Google, deparei-me com este documento, contendo a programação de um curso de Literatura Brasileira na Utah State University (Universidade do Estado de Utah), nos Estados Unidos, realizado na primavera de 2008. Como é possível observar, quatro contos meus fazem parte dos estudos, nos dias 19/Fev, 03/Mar, 05/Mar e 19/Mar, ao lado de grandes nomes como Murilo Rubião, J.J. Veiga e Graciliano Ramos (clique na figura para ampliar).



Entrei em contato com a professora brasileira Drª Cacilda Rego, responsável pelo curso, já que seu e-mail se encontrava no documento, e enviei o link para ela, procurando saber mais informações a respeito do uso dos meus contos em sala de aula. Eis a resposta que ela me enviou:

Aparentemente este link é de um curso que dei de literatura brasileira na primavera de 2008, quando inclui 3* dos seus contos para leitura: "A cápsula do tempo", "O coelhinho da sorte"**, e "Eu não matei Charles Bronson". Naquele semestre, especificamente, eu quis incluir escritores brasileiros de literatura fantástica e descobri que há ótimos escritores do gênero (como você!) e que, por não serem considerados "canônicos", são relegados ao esquecimento antes mesmo de serem (re)conhecidos (pelos acadêmicos!). Foi por este motivo que inclui seus contos, e tive o prazer de lê-los com meus estudantes da USU. De modo geral, os estudantes norte-americanos sabem muito pouco da literatura brasileira, até porque não lêem (nada) em língua alguma, muito menos em Português; são de uma geração "amamentada" por vídeo games e filmes de "efeitos especiais" produzidos em Hollywood, e para a qual o hábito da leitura simplesmente não existe. Escolher contos da literatura fantástica para o curso foi (e é) uma maneira de capitalizar no que eles mais sabem e gostam. A recepção dos seus contos por parte dos meus alunos naquele semestre foi positiva (no caso de "Eu não matei Charles Bronson", por exemplo, houve uma identificação imediata, pois todos sabiam de quem se tratava) e eu gostaria de continuar incluindo-os como leitura nos meus próximos cursos de lit. brasileira.


Parabéns por Grafias Noturnas!

Um abraço cordial,
Cacilda



*Acredito que ela tenha se enganado, já que foram quatro os contos utilizados, e não três.
**O Coelhinho da Sorte não foi incluído em Grafias Noturnas, pois foi um trabalho menor, escrito como trabalho de faculdade.