Satisfeito? Ainda quer ter a chance de ganhar estes presentes? É simples: basta escrever para luizrie@hotmail.com com nome e endereço completos e responder: Para você, o que significa Grafias Noturnas? (Não é concurso. É sorteio!) As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 23 de dezembro de 2009, e o resultado sai no dia seguinte. São poucos concorrentes, então não perca a chance de levar vários desses prêmios para casa. Boa sorte!
domingo, 29 de novembro de 2009
Prêmios, parte final
Satisfeito? Ainda quer ter a chance de ganhar estes presentes? É simples: basta escrever para luizrie@hotmail.com com nome e endereço completos e responder: Para você, o que significa Grafias Noturnas? (Não é concurso. É sorteio!) As respostas serão aceitas até a meia-noite do dia 23 de dezembro de 2009, e o resultado sai no dia seguinte. São poucos concorrentes, então não perca a chance de levar vários desses prêmios para casa. Boa sorte!
sábado, 28 de novembro de 2009
Prêmios parte 4
Adorável boneco Harry Potter, da Mattel, com aproximadamente 20 cm de altura. Acompanha uma pulseira de sapinhos.
Não deixe de concorrer. É só enviar um e-mail para luizrie@hotmail.com, respondendo: O que significa Grafias Noturnas? Mande também seu endereço completo. O resultado sai na véspera do Natal. Boa sorte!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Nova entrevista no ar!
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Prêmios parte 3
Já enviou sua resposta? O tempo está passando! Responda o que você acha que significa Grafias Noturnas e envie, junto com nome e endereço para o e-mail luizrie@hotmail.com
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Prêmios parte 2
Censura 14 anos. 106 minutos.
Já mandou sua frase? Não perca a chance! Escreva: luizrie@hotmail.com e responda - Afinal, que diabos significa Grafias Noturnas?
Prêmios!
O livro Clube da Luta (Chuck Palahniuk, ed. Nova Alexandria, 221 pág.) foi a base para o diretor David Fincher criar a obra-prima do cinema, estrelada por Brad Pitt e Edward Norton. Com uma narrativa ágil e cinematográfica, a obra procura explorar o fascínio exercido pela violência em nossos dias, e ainda traz um final diferente do filme.
Em breve, outros prêmios. Veja o regulamento do concurso aqui.
Boa sorte!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Promoção Natal Cultural Grafias Noturnas
O blog Grafias Noturnas (grafiasnoturnas.blogspot.com) está promovendo a promoção Natal Cultural Grafias Noturnas. São 10 prêmios muito legais!
Livros:
Grafias Noturnas (L.F. Riesemberg)
Clube da Luta (Chuck Palahniuk)
Goosebumps – Sorria e Morra...Outra Vez (R.L. Stine)
Caminhos do Medo (vários autores)
DVDs:
Despertar dos Mortos (George Romero)
A Hora do Espanto (Tom Holland)
O Professor Aloprado (Jerry Lewis)
HQ:
Lobo Nº 1 DC Comics (Alan Grant, Val Semekis, John Dell)
CD:
Ozzy Osbourne – Randy Roads Tribute
Action figure:
Harry Potter (Mattel)
Para participar, basta responder a pergunta: Para você, o que significa Grafias Noturnas? As frases mais criativas serão publicadas no blog, mas TODOS os participantes concorrerão ao sorteio. Basta enviar, junto com a resposta, o nome e endereço completo para o e-mail luizrie@hotmail.com e torcer. As inscrições vão até o dia 23 de dezembro e o resultado sai no dia 24/12. Boa sorte!
Observações:
Poderão participar concorrentes de fora do Brasil, desde que arquem com as despesas de envio dos prêmios;
O 1º lugar terá direito a escolher 5 prêmios, o 2º lugar escolhe 3 prêmios dos 5 restantes e o 3º lugar fica com os 2 restantes.
domingo, 22 de novembro de 2009
Resenha de Grafias Noturnas na Livraria Outubro
Encontrar um livro que se destaca e que se mantém fora da esteira é sempre tri empolgante, principalmente quando é daqui. Abaixo segue a lista dos 21 contos que compõe o Grafias Noturnas, com alguns coméntários meus (sei que as vezes escrevo coisas estranhas, mas fazer o que - fiquei sem fôlego):
Os Contos (fui escrevendo conforme ia lendo):
Prólogo: A reunião - Uma reunião do Diabo, seus seguidores e outras "entidades" para desenvolver um plano de ação para mudar a realidade do mundo. É um inicio excelente ... cria expectativa, apesar de os participantes dessa reunião não serem nada comuns, ninguém que você encontra no dia-a-dia, passa um sentimento de um pouco perto demais da realidade ... brutal ..., e isso dá medo.
O Guarda-Chuva - Em um jantar, um grupo de amigos resolve fazer piada de um dos convidados, por que ele é muito certinho. Nossa esse "relóginho" me lembrou muito uma pessoa, o humor entre amigos com o tom sombrio deu a história uma atmosfera estranha, mas envolvente.
A Cápsula do Tempo - O nome resume o assunto. Esse me fez pensar direto nos seriados de ficção científica, é uma situação que eu adoraria viver rsss até eu já enterrei coisas por aí, seria legal encontrar algo também. O que senti lendo esse é que parecia que a história ia ficando maior (não maior de mais páginas, de grande mesmo).
A Visão - É sobre um menino cego que resolve dar mais uma chance a amizade. Um dos melhores, ao mesmo tempo que é sinistro passa uma mensagem positiva, o personagem do novo amigo é muito carismático.
O Botão - Muito bom ... adorei, eu vi um trailer no cinema esses dias (quando fui ver 2012) de um filme que vai estrear aqui no Brasil, com a Cameron Diaz e o cara que faz o Ciclope no X-Men, que lembra essa história - o nome é A Caixa/The Box - no trailer ela tem uma caixa com um botão, caso ela aperte ela ganha 1 milhão, mas alguém (qualquer pessoa) desconhecido vai morrer. Bem ... usando o google eu descobri que o filme é inspirado no conto Button Button de Richard Matheson, e pela resenha do blog Biblioteca Mal-Assombrada esse conto também é, isso me leva a conclusão de que eu não comentei nada que ninguém já não soubesse. rsss Mas gostei muito do clima da história, a narradora parece tão perdida.
A Luta do Século - Esse é sobre um novo lutador aguardando a luta com um peso pesado invicto. É difícil comentar esse sem entregar nada, então só digo que gostei por que é estranho.
O Balanço - Esse é bem triste, dá um nervoso.
Meu Herói - Achei ótimo, "soa" tão realista a conversa e a situação que parece mesmo que o garoto de 10 anos esta te contando, é para se pensar mesmo ... essa idéia de qual é o melhor super-herói.
A Doença do Porco - Puxa esse invande bastante a zona de conforto do leitor rssss, com certeza um dos melhores contos do livro.
A Lei de Lavoisier (Aplicada à Arte) - Um autor tentando lançar o seu primeiro romance, descobre a fórmula do sucesso. Esse é impecável, o que o escritor descobriu é um sonho né? eu mesma já sonhei isso, só que foi com músicas rsss. Fora que antes já tinha vontade de ler Dracula e O retrato de Dorian Gray e agora acho que vou ter que fazer algo a respeito, uma visita a biblioteca pública deve ajudar. Acho que esse é o meu favorito.
Racha - Eu não sou muito ligada em carros, mas esse soa como uma poesia, é uma música.
No bordel, depois da meia-noite... - Em mais uma noite no Bordel uma prostituta conta a sua história a um cliente. Achei esse muito bem escrito como os outros, eu realmente não esperava o que ia acontecer - e isso sempre é bom, passa um ar maduro e uma certa classe.
Panelas de Ouro - Eu gosto muito quando os personagens tem um jeito/sotaque puxado de algum lugar, os irmãos são bem broncos, mas são divertidos.
Atraso na Entrega - Bem original e criativo, a internet é um assunto que pode render muitas histórias e esse conto é um bom exemplo disso.
A Presa e o Predador - Esse é sobre um menino que sofre provocações de um colega maior - bullying (eu não gosto da palavra, não vejo por que não podem usar uma expressão em português - só para esclarecer a palavra não esta no conto). Um assunto que é próximo demais, alias muito comum hoje em dia é todo o tipo de violência nas escolas. Estaria mentindo se dissesse que não entendo o lado dessa presa, já que não tive uma experiência escolar lá muito boa, claro que a minha natureza pacifica me torna diferente do Mauro - o que é uma coisa boa (eu acho rssss).
Pessoas de Bem - É o que dizem né? pelo menos o Joey disse: - Não existem boas ações altruístas, mas aqui a ganância foi um pouco demais, e o pior é que tem muita gente assim.
A Máquina da Alegria - O nome diz o suficiente, esse tem um estilo bem diferente dos outros, é mais meigo (que palavra besta de se usar rsss). Curti bastante, tanto a maquina quanto a história.
A Emissora - Um homem esta viajando sozinho em uma estrada deserta até sintonizar em uma rádio desconhecida. Esse conto me lembrou de alguns filmes que assisti, quero dizer a parte de viajar sozinho por uma estrada sinistra, mas o que acontece depois não tinha passado pela minha cabeça. A idéia das músicas novas é bem interessante - até ler esse, achava que só o Tupac lançava músicas assim.
Gata Rainha - Adorei esse ... amo gatos, o narrador "conversando" com o leitor cria uma atmosfera bem diferente e um pouco perturbadora. A história é surpreendente!
Viva a Morte! - Mudar sempre é bom, nesse mudou bastante o tom e a época, um principe que faz o que tem vontade, mesmo que isso prejudique e muito o próximo. Que inconsequente! Viva a Morte!
Eu Não Matei Charles Bronson - Terminou muito bem, não só manteve o nível como esse último deve ser um dos melhores do grupo. Não tem muito suspense, tem um ritmo de ação e muita violência, ou seja tudo de bom. hehe
Vampiros do Século 21
Dirigido pelo coreano Chan-wook Park (de Oldboy), o filme é tudo o que uma produção sobre vampiros deve ser nos dias de hoje. Além de ter um ótimo roteiro (quem é fã da trilogia da vingança, do diretor, sabe que a inteligência do espectador nunca é subestimada) e um grande elenco, é possível que se faça uma leitura totalmente humana dos dramas vivenciados pelos trágicos personagens. Algo que eu procurei fazer no conto No Bordel, Depois da Meia-Noite... do meu livro Grafias Noturnas.
Mas esse caráter filosófico-existencialista do filme não tira o foco dos vampiros, representando-os conforme quase todas as convenções do gênero: a necessidade de sangue, a vulnerabilidade ao sol e a super-força estão presentes (não há sinais de dentões), mas sempre trazendo grande originalidade ao apresentá-los (ou seja, não espere clichês).
No filme, Sang-Hyun é um padre que se submete a experiências científicas na tentativa de se encontrar uma cura para um vírus mortal. Assim ele é contaminado, e ao receber uma transfusão de sangue, acaba por se tornar um vampiro. Desta forma, terá que se virar nos 30 para se alimentar sem matar ninguém.
Além de todos os conflitos que enfrenta pela sua atual condição, ele acaba se envolvendo com uma mulher casada, que também se transforma em vampiro e mostra-se extremamente cruel ao caçar seu alimento. Na verdade já falei demais. Quanto menos se souber a respeito, melhor, pois o filme é cheio de reviravoltas.
Além disso, a direção de fotografia é soberba. Cada fotograma do filme poderia ser emoldurado e pendurado em uma galeria de arte. Sem falar nos impressionantes efeitos especiais: comedidos e extremamente realistas.
Enfim, uma obra-prima. Os filmes de vampiros que surgirem a partir de agora têm uma responsabilidade enorme (bem que o Gus Van Sant poderia aceitar aquele convite para dirigir Eclipse e finalmente salvar a irritante série baseada nos livros de Stephenie Meyer).
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Reflexões sobre a esperança
Abraços
domingo, 15 de novembro de 2009
História Viva
Não é que ele encarnou direitinho o narrador/protagonista da história? O papel caiu como uma luva! Foi hilário.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Outra vez nas ondas do ar, parte II
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Valeu, gaúcho!
Exageradamente, ele disse que sou um dos maiores contistas do Brasil. Disse que está desde ontem devorando o livro, e que até o momento seu conto preferido foi A Visão. Falou também que o que ele mais está gostando é o caráter imprevisível das histórias. "Fico tentando imaginar como elas vão acabar, mas sempre me surpreendo", comentou.
E o que mais me agradou: disse que recentemente leu um livro de contos de Simões Lopes Neto, e que eu sou melhor. Poxa, um gaúcho falando que prefere os meus contos do que os de outro gaúcho! Todos os gaúchos que conheço têm muita paixão pelo Rio Grande do Sul, e acho isso muito bonito. Todos eles defendem com toda a garra as suas tradições, a sua cultura (e os seus times, é claro). Portanto, o elogio do Gérson já me valeu o dia.
Obrigado, mais uma vez!
Outra vez nas ondas do ar...
Pena que desta vez não será possível acompanhar pela internet.
Mas tá valendo! Quem puder, sintonize seu radinho.
Abraços
Grafias Noturnas ganha asas
Eu sabia que esse meu livro ia longe.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Noite de autógrafos
Enfim, aconteceu a tão esperada noite de autógrafos por ocasião do lançamento de Grafias Noturnas. Não posso dizer se o evento atendeu ou não minhas expectativas, pois elas não existiam: eu não tinha a menor ideia de como seria. Viriam 200 pessoas? 10? nenhuma? Seria agradável? Ficaria marcado positivamente na memória? Eu não tinha nem como imaginar essas coisas. Porém, examinando a minha sensação depois de terminado, só posso dizer que foi ótimo.
Vejamos: apesar de não terem comparecido (por motivos justos) algumas pessoas que eu acreditei que iriam, houve várias que eu nunca imaginei que estariam lá. Até o prefeito, Luiz Adyr Gonçalves Pereira, saiu de uma importante reunião e ficou um bom tempo. Algumas pessoas que eu mal conhecia, e outras que eu não via há séculos, também estiveram lá.
Como aqui na minha cidade esse tipo de evento é raro (acredito ter sido o terceiro morador a lançar um livro), o próprio público não sabia o que esperar, e houve até quem me perguntasse se seria o certo trazer um presente para o escritor (o que eu respondi afirmativamente, é óbvio, hehehe). Assim, por quase ninguém ter tido alguma expectativa, acredito que todos devem ter gostado.
O salão do hotel Dom Leopoldo é lindo, como eu já sabia. A vista da cidade, incrível. Acredito que o coquetel também tenha agradado (os docinhos da minha irmã fizeram muito sucesso), e de última hora exibimos alguns dvds musicais na TV: nada melhor para uma noite cultural.
Como o lançamento estava marcado para entre as 19h e as 21h, não preparei nenhum discurso, para que os que chegassem mais tarde não perdessem nada. Mas quando o presidente da Fundação Cultural quis falar algumas palavras, e depois o prefeito, e a secretária de educação, e a D. Edith, e a Adriana... então eu também tive que falar. E, mesmo no improviso, acho que consegui explicar o que me leva a escrever, e o que representava para mim aquele lançamento.
D. Edith aproveitou para falar publicamente o que havia me dito em particular: que seu irmão Luiz Vilela, o escritor, havia folheado o Grafias Noturnas e dito que eu tinha futuro. Segundo ela, ele é bem exigente e não fala isso para qualquer um. Ele também leu uma entrevista minha, e disse: "Esse sabe o que tá falando", além de me dar alguns conselhos importantes. Para mim já valeu a noite!
Depois dessa parte passamos para os autógrafos. Não fiz como o amigo Mário Carneiro que nem levou caneta para o próprio lançamento e teve que arranjar uma Bic azul, então eu já tinha uma bem bonita na mesa. Porém, minha letra estava horrível. Não tive muita inspiração para escrever a maioria das dedicatórias, mas a dos meus amigos de infância e dos familiares mais próximos, estas foram inspiradas.
Cheguei a cansar de tanto escrever, e no final da noite havia assinado quase 50 livros. Não sei se é pouco ou muito, mas fiquei bem feliz com cada pessoa que esteve lá. Além dos meus amigos Thomas e Edna, que foram fazer as fotos, havia mais três sites fotografando o evento.
Muita gente foi indo embora, mas houve alguns que ficaram até bem mais tarde da hora marcada para o encerramento. Com esses eu pude conversar, mas com a maioria eu só travei algumas palavras durante a hora em que assinei os livros. Gostaria de ter passado mais tempo com todos.
E agora, passado o lançamento, começou uma nova fase: o pessoal que não pôde ir já começa a me procurar querendo comprar o livro, e eu começo a esperar as opiniões de quem já vai lendo os contos.
domingo, 8 de novembro de 2009
A primeira resenha
O Prólogo: A Reunião dá o tom do que virá a seguir, com seu tom de fábula sombria; uma história fechada sobre uma assembléia entre o Diabo e seus súditos, e que talvez se passe no mesmo universo dos outros contos (talvez). Um começo tão bacana gera expectativa, então partimos para o próximo conto esperando por coisa boa.
Felizmente somos atendidos: O Guarda-Chuva é justamente o conto que ficou em segundo lugar no concurso que organizei. Um conto clássico de horror sobre um grupo de amigos que resolve pregar uma peça no amigo certinho. História sutil e elegante. Não faria feio em uma daquelas antologias clássicas que já resenhei aqui na Biblioteca. O final é um calafrio.
A Cápsula do Tempo certamente vai lembrar os leitores do filme Presságio, com Nicolas Cage. Riesemberg teve a idéia antes do filme aparecer, em uma daquelas coincidências que acontecem de vez em quando. Mesmo assim o conto difere por sua abordagem intimista, com uma perspectiva sombria.
A Visão fala sobre um menino cego e sua conversa com um estranho. Um conto tocante, que talvez não seja o mais imprevisível do mundo (ah, convenhamos, a gente adivinha o que vai acontecer várias linhas antes), mas o que importa se o conto emociona do mesmo jeito? Eu apenas dispensaria a "moral da história", que me pareceu desnecessária.
O Botão (aparentemente inspirado no conto Button button, de Richard Matheson) propõe um dilema moral para um casal sem grandes perspectivas. Perfeito e arrepiante!
A Luta do Século é um dos contos que não empolgou; não é ruim, pois um escritor como Riesemberg nunca fica abaixo de um determinado nível de qualidade. Mas não trás nada de novo para os aficionados pelo gênero terror, apoiando sua trama unicamente em um recurso que já foi usado muitas vezes na literatura fantástica (que diabos, eu mesmo já usei em dois contos!). Mas talvez o maior problema seja que, depois de tantos contos quase excelentes, a menor qualidade deste aqui se torna mais evidente.
Mas tudo bem; o conto seguinte (O Balanço, que mostra o diálogo entre um garoto e um velho desconhecido), é bom o bastante para fazer o livro voltar às alturas.
Meu Herói, conto sobre um menino que considera Jesus Cristo o primeiro e maior super-herói de todos os tempos. Bem, confesso que não gostei muito, por razões meramente subjetivas. Já ouvi muitas histórias no estilo antes, e sou meio avesso ao tipo. Mas tenho certeza que a maioria vai gostar.
A Doença do Porco é um conto que me deixou intrigado... Será que o Riesemberg escreveu ela há tempos antes, profetizando uma pandemia, ou simplesmente se inspirou na gripe h1n1 para escrever? Sei lá, só sei que a história deixa um quê de desconforto em vista da verossimilhança. Isso é terror real, caras. Coisa boa.
A Lei de Lavoisier (Aplicada à Arte) é um caso à parte. Não é bom, é transcedental! Perfeito. Poderia figurar em uma antologia entre Ray Bradbury e Guy de Maupassant, que estaria no mesmo nível de qualidade. No conto, um escritor encontra uma maneira de reescrever grandes obras da literatura, sem que ninguém perceba o plágio. Para quem é escritor, a história ganha ares ainda mais deliciosos, pois aborda temas que torturam qualquer candidato à escriba (como o conhecido e irritante plágio involuntário, a falta de compreensão sobre isso por parte de algumas pessoas, etc). Riesemberg estava inspirado pra caramba, pois o desenrolar é recheado de pequenas pérolas, frase realmente ótimas como: "Foi um lapso interessante da mente, no qual nunca havia sequer ouvido falar. Sem conhecer melhor definição para o que sentiu, diria que era um deja vu ao contrário: como se nunca tivesse estado antes naquele lugar, apesar de conhecê-lo muito bem." Enfim, uma idéia genial e original ao extremo, com o melhor final que um escritor poderia imaginar.
Racha é muito bacana. Riesemberg evita o moralismo ao descrever um carro como uma criatura viva, selvagem e impassível, que não se importa com a vida alheia quando deseja competir com um rival. Paradoxalmente com o tema, é um conto recheado de beleza e poesia.
No Bordel, depois da Meia-Noite... é excelente e irônico. Gostaria de fazer um paralelo com outro conto, mas pra quem ler, isso seria o equivalente a um spoiler. Digamos apenas que Riesemberg compensa o erro que cometou em outro conto do livro, cujo tema é semelhante.
Panelas de Ouro é a versão do autor para aquelas típicas lendas folclóricas e "causos" regionais. Quem não gosta de ouvir uma boa história, contada por um tio ou um avo que veio do interior? Pois esse é o clima que esse conto passa, um sabor de nostalgia e infância. E mais alguns calafrios de lambuja.
Atraso na Entrega é legalzinho, uma história sobre um rapaz que recebe um e-mail bastante atrasado, com implicâncias que o assustam. O problema é que, em vista das explicações racionais para o acontecido, a reação do personagem me pareceu meio descabida, exagerada. Ahhh, Riesemberg, estamos chegando ao final do livro, não vá perder o fôlego agora!
A Presa e o Predador é um conto doloroso... Doloroso para aqueles que já foram perseguidos por colegas mais fortes e agressivos (ou seja, que sofreram a infame prática do bullying); é tão real que incomoda. Terror cotidiano e real, que deixa um gosto amargo na boca. Isso é ruim? Não, do ponto de vista literário é ótimo, pois o conto atinge seu objetivo. É claro que nem todos vão gostar da experiência, mas enfim, aqui não é pra gostar mesmo, é pra provocar.
Pessoas de Bem é uma história hilária, sobre um espertalhão que tenta se dar bem às custas de um milionário. O final resultou um tanto "forçado", na minha opinião, mas mesmo assim a ironia é deliciosa.
A Máquina da Alegria, homenagem clara a Ray Bradbury, é outro conto nostálgico recheado de poesia. Mestre Bradbury ficaria orgulhoso se pusesse as mãos nesse aqui.
A Emissora, sobre um motorista solitário que sintoniza uma rádio com músicas desconhecidas, é outro conto das antigas, com elementos sobrenaturais bastante sutis. Tão sutis que talvez sequer tenham acontecido, num recurso literário que muito aprecio.
Gata Rainha é narrado em primeira pessoa na forma de um monólogo. Muito legal, principalmente para quem gosta de gatos e conhece algumas lendas e mitos à respeito dos felinos.
Viva a Morte! é um barato, um sarcasmo tão grande que é impossível não rir do desfecho. Bem feito para aquele principezinho de meia-pataca!
Bem, estamos chegando ao final, e a montanha russa está em rota ascendente faz tempo. Como será que o livro vai terminar? Pois continua subindo, dessa vez de maneira quase vertical: Eu Não Matei Charles Bronson, outro dos contos premiados do autor, é um verdadeiro tapa na cara do leitor (ou melhor, um tiro de espingarda cano duplo). Provocativa como um bom conto de Chuck Palahniuk, acompanhamos a busca por justiça de um homem que foi roubado na calada da noite. Interessante notar que, embora alguns contos anteriores do escritor tivessem preceitos morais bastante evidentes, ele não se faz de rogado quando resolve abandonar qualquer filosofia edificante. Eu Não Matei Charles Bronson é o segundo melhor conto do livro, na opinião deste que vos fala, perdendo por pouco para A Lei de Lavoisier. Em resumo, fecha com chave de ouro este verdadeiro baú de tesouros.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Entrevista na rádio Cultura FM
Neste sábado (07/11), às 10:00 h da manhã baterei um papo ao vivo na rádio Cultura Sul FM, onde falarei sobre meu livro Grafias Noturnas.
É possível ouvir o programa pela internet, clicando aqui e depois no ícone do Windows Media Player ao lado de "98.5 MHZ ao vivo".
Mandem boas vibrações, já que é a primeira vez que farei isso.
Um abraço!
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
A Cápsula do Tempo em áudio
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