Não dá para parar no tempo. Temos que estar sempre nos reciclando, fazendo apostas mais altas em nós mesmos e criando novos caminhos.
Recentemente decidi fazer algumas grandes mudanças em minha vida, que representam ar renovado e puro nos meus pulmões. Isso inclui um novo ramo de trabalho e uma nova cidade como moradia. Para aproveitar, resolvi mudar outras coisas também.
Uma delas será que vou parar de querer ver tantas coisas novas, em termos de cultura. Sei que nunca vou conseguir assistir a todos os filmes que existem, nem ler todos os livros, nem conhecer todas as músicas. Portanto, vou rever, reler e reouvir tudo aquilo que já considerei importante um dia, para tentar descobrir qual foi a mensagem que aquela obra tentou me passar.
Por exemplo, o filme que mais amei durante minha adolescência foi Pulp Fiction - Tempo de Violência. Na época eu achava que era por causa do humor, da ação frenética ou dos criativos diálogos com referências à cultura pop. Hoje percebo que não era esse o motivo de eu considerar o filme tão bom e importante.
O maior mérito da obra-prima de Tarantino está na personagem de Samuel L. Jackson. Sim, para quem tinha essa dúvida, é Jules e verdadeiro protagonista do filme. Por que? Eu respondo: porque ele é o herói, ou seja, o cara que começa mau e termina bom, que começa como anti-modelo e acaba como modelo, que inicia como uma criatura maldita e termina salvo e querendo salvar os outros (Vince, o personagem de John Travolta, não lhe dá ouvidos e acaba daquele jeito humilhante, vocês sabem). O diálogo final do filme (que não é o fim da história cronologicamente) entre o negão e o assaltante é o que o roteiro tem de melhor: representa uma mudança de visão das coisas. Confesso que durante muito tempo aquilo não fez sentido para mim, e até me frustava, pois o que eu mais queria era que o irritante casal de assaltantes se desse muito mal, que levassem pelo menos uns dez tiros cada. Mas agora eu compreendo Jules quando ele comenta sobre a passagem da Bíblia que gosta de recitar: "A verdade é que você é o fraco e eu sou a tirania dos homens maus. Mas estou tentando, tentando mesmo, ser um pastor".
Por conta dessa revelação vou deixar de ler tanta porcaria e rever muitas coisas que já considerei
ótimas, para tentar compreender o que é que elas tinham para me ensinar, e que acabei não compreendendo na época, por falta de bagagem e experiência. Talvez eu já tenha entendido um pouco, mas é possível que algo tenha faltado. E de qualquer forma, se foi tão bom, nenhum mal me fará repetí-las. Esta é uma pequena listas do que preciso rever, reler:
Livros:
Lolita (Vladimir Nabokov)
O País de Outubro (Ray Bradbury)
As Vidas de Chico Xavier (Marcel Souto Maior - já estou relendo)
Persépolis (Marjane Satrapi)
Livros espíritas:
A Vingança do Judeu (Conde J.W. Rochester)
Herculanum (idem)
Nosso Lar (André Luiz)
Filmes:
O Filho da Noiva
Os Indomáveis
Bem, tem muito mais títulos, mas aí está um bom começo. E se estou dizendo que foram bons para mim, é claro que eu recomendo que vocês também os conheçam, ok?
Recentemente decidi fazer algumas grandes mudanças em minha vida, que representam ar renovado e puro nos meus pulmões. Isso inclui um novo ramo de trabalho e uma nova cidade como moradia. Para aproveitar, resolvi mudar outras coisas também.
Uma delas será que vou parar de querer ver tantas coisas novas, em termos de cultura. Sei que nunca vou conseguir assistir a todos os filmes que existem, nem ler todos os livros, nem conhecer todas as músicas. Portanto, vou rever, reler e reouvir tudo aquilo que já considerei importante um dia, para tentar descobrir qual foi a mensagem que aquela obra tentou me passar.
Por exemplo, o filme que mais amei durante minha adolescência foi Pulp Fiction - Tempo de Violência. Na época eu achava que era por causa do humor, da ação frenética ou dos criativos diálogos com referências à cultura pop. Hoje percebo que não era esse o motivo de eu considerar o filme tão bom e importante.
O maior mérito da obra-prima de Tarantino está na personagem de Samuel L. Jackson. Sim, para quem tinha essa dúvida, é Jules e verdadeiro protagonista do filme. Por que? Eu respondo: porque ele é o herói, ou seja, o cara que começa mau e termina bom, que começa como anti-modelo e acaba como modelo, que inicia como uma criatura maldita e termina salvo e querendo salvar os outros (Vince, o personagem de John Travolta, não lhe dá ouvidos e acaba daquele jeito humilhante, vocês sabem). O diálogo final do filme (que não é o fim da história cronologicamente) entre o negão e o assaltante é o que o roteiro tem de melhor: representa uma mudança de visão das coisas. Confesso que durante muito tempo aquilo não fez sentido para mim, e até me frustava, pois o que eu mais queria era que o irritante casal de assaltantes se desse muito mal, que levassem pelo menos uns dez tiros cada. Mas agora eu compreendo Jules quando ele comenta sobre a passagem da Bíblia que gosta de recitar: "A verdade é que você é o fraco e eu sou a tirania dos homens maus. Mas estou tentando, tentando mesmo, ser um pastor".
Por conta dessa revelação vou deixar de ler tanta porcaria e rever muitas coisas que já considerei
ótimas, para tentar compreender o que é que elas tinham para me ensinar, e que acabei não compreendendo na época, por falta de bagagem e experiência. Talvez eu já tenha entendido um pouco, mas é possível que algo tenha faltado. E de qualquer forma, se foi tão bom, nenhum mal me fará repetí-las. Esta é uma pequena listas do que preciso rever, reler:
Livros:
Lolita (Vladimir Nabokov)
O País de Outubro (Ray Bradbury)
As Vidas de Chico Xavier (Marcel Souto Maior - já estou relendo)
Persépolis (Marjane Satrapi)
Livros espíritas:
A Vingança do Judeu (Conde J.W. Rochester)
Herculanum (idem)
Nosso Lar (André Luiz)
Filmes:
O Filho da Noiva
Os Indomáveis
Bem, tem muito mais títulos, mas aí está um bom começo. E se estou dizendo que foram bons para mim, é claro que eu recomendo que vocês também os conheçam, ok?
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