sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Melhores filmes e decepções de 2010

Agora sim, voltando à programação normal, o Grafias Noturnas revela quais foram os filmes preferidos do blog no ano que se passou.

Cisne Negro - O diretor Darren Aronofski confirma seu imenso talento entregando este impecável pesadelo que se passa no mundo do balé. Nina é a bailarina que estrelará a peça O Lago dos Cisnes, e começa a delirar em meio aos exaustivos ensaios e à perseguição das colegas que querem tomar seu papel. Assim como outros filmes do cineasta, é um drama com toques de terror, que bem poderia se passar por uma obra de David Lynch ou de Cronenberg.

A Origem - Impecável conto de ficção científica com aprofundamento psicológico, inteligente sem deixar de ter muita ação. Muito já foi dito sobre este novo grande trabalho de Cristopher Nolan, mas não posso deixar de mencionar sua maravilhosa trilha sonora.

Tropa de Elite 2 - Sem dúvida, um dos melhores momentos do cinema nacional de todos os tempos. Filme corajoso, polêmico, violento e fodão.

Mother - Suspense dramático com olhos puxados, na linha de Oldboy.

Nosso Lar - Grande sucesso nos cinemas, apesar de não ter agradado a todos. Particularmente, o filme me tocou, e não deixa de ser uma boa história de ficção científica, para quem prefere encarar assim.

Mary & Max - Uma das animações mais adultas e tocantes que já assisti.

A Estrada - Ficção científica pós-apocalíptica como eu não via desde Mad Max 2.

O Segredo dos seus Olhos - O argentino Juan Jose Campanella nunca faz um filme fraco. Ainda mais se tiver o ator Ricardo Darín atuando nele.

Toy Story 3 - Emocionante e assustador.

O Pequeno Nicolau - Comédia francesa irresistível, que provoca risos sinceros.

As Melhores Coisas do Mundo - Outro ótimo momento do cinema nacional, que mostra de forma mais realista e sensível a geração Malhação. Até o Paulo Vilhena convence como ator.

Triângulo do Medo - Me apaixonei por esta história triangular de terror que deixa muitas perguntas na cabeça do público.

Atração Perigosa - Ben Afleck é mesmo um bom diretor, conforme prova neste drama policial sobre assaltantes de bancos.

A Rede Social - Pode não ser "o melhor da década" como alguns veículos disseram, mas é mais um grande trabalho de diretor de Seven e de Zodíaco.

Um Homem Misterioso - Misteriosamente, caiu rapidamente no meu gosto este exemplar maduro de suspense, com George Clooney encarnando um assassino profissional em busca de redenção, que faz um último trabalho em uma pequena cidade italiana. Belíssima fotografia.

As Decepções
Para variar, há sempre aqueles filmes em que a gente coloca muita expectativa, e que acabam sendo frustrantes. Foi o que ocorreu comigo ao conferir estes aí.

Daybreakers - Ficção científica sobre um futuro em que quase todas as pessoas são vampiros e os humanos são caçados para lhes servirem como alimento. Começa muito bem, mas vai se perdendo e tem um final péssimo e clichê.

Um Homem Sério - Não é ruim, muito menos em seu lindo e assustador plano final, mas não é genial como muitos críticos o pintaram. Chega a ser bem chato, principalmente se compararmos com Onde os Fracos Não Têm Vez, filme anterior dos irmãos Coen.

Homem de Ferro 2 - Comparando-se com o original, é uma piada . As cenas de ação são bem monótonas, e a dupla Samuel L. Jackson e Scarlet Johanson não sabe a que veio.

A Hora do Pesadelo - Muito pior do que eu imaginava. Nem eu meus piores pesadelos este remake poderia ser tão ruim.

Devil - Apesar de M. Night Shyamalan estar em uma maré ruim, achei que este terror produzido por ele tinha uma premissa interessante o bastante para ser ao menos bonzinho - e mesmo assim foi uma decepção.

Enterrado Vivo - Compreendo os méritos de se fazer um filme inteiro dentro de um caixão, com apenas um personagem. Mas a coisa cansa logo, e no final percebemos que assistimos uma espécie de Jogos Mortais sem sangue.

Scott Pilgrim contra o mundo - Também compreendo seus méritos visuais e sonoros, mas não passa de mais uma comédia romântica esquisita com Michael Cera, só que com vilões amalucados e lutas em estilo videogame.

Ladrões (Takers) - Achei que o Stephen King não estaria errado ao incluir este em sua lista de melhores do ano, mas o filme mais parece um comercial de relógios ou de carros. Até tenta dar um pouco de tridimensionalidade aos seus personagens através de suas falas, mas não consegue.
Enfim, em um ano em que assisti a poucos filmes (foram 109), até que consegui fazer uma lista interessante. É claro que falta assistir a alguns que, provavelmente entrariam na lista, como O Escritor Fantasma e Como Treinar seu Dragão, mas a intenção era apenas dar algumas dicas para quem está em dúvida sobre quais assistir.
Um abraço, e bons filmes! E bons sonhos!

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