sábado, 29 de maio de 2010

Valhalla Rising


Quando eu assistia Valhalla Rising, filme do cineasta Nicolas Winding Refn (de Bronson), fiquei pensando: "Puxa, esse diretor faria uma ótima adaptação de Thor ou de outra HQ". As imagens estáticas, lembrando quadrinhos, as cenas de violência e, no geral, a aparência ameaçadora de todos os personagens, não me fizeram pensar outra coisa. Porém, é preciso reconhecer que este filme não tem mais nada do que é necessário a um blockbuster. Trata-se de uma produção bem crua, quase sem diálogos e tão lenta que chega a ser um desafio não cochilar durante algumas cenas. Cochilos esses que são interrompidos justamente pelas inesperadas ondas de ação e violência, que ocorrem três ou quatro vezes até que os créditos finais surjam na tela. Valhalla Rising passa-se no ano 1000 dC e acompanha um imbatível guerreiro nórdico, que não fala uma só palavra durante todo o filme e tem um olho furado (o que lhe rende o apelido de One Eye). Ao escapar do grupo que o mantinha como prisioneiro, junta-se a uma pequena cruzada que busca a Terra Santa, sendo sempre seguido por um menino, que "traduz" seus pensamentos para os outros.

E é só.

Se eu contar mais vou acabar revelando o final, pois é muito pouco o que acontece nos apenas 93 minutos de filme, divididos em 6 capítulos. Bem, temos algumas mortes chocantes pelo caminho e um clima de paranoia que vai se instalando nos personagens ao perceberem que estão perdidos. Mas isso é muito pouco depois do promissor início, que mostra One Eye acabando com a raça do bando que o prendia.

Ainda assim, é claro que vão ficar na minha cabeça as cenas do "herói" esmigalhando um crânio até aparecer os miolos da vítima, ou então abrindo a barriga de um sujeito e arrancando suas tripas, e até uma luta em particular em que One Eye usa uma corda para quebrar o pescoço de um cara (inteligente é o garotinho que fica amigo dele, porque seus inimigos só se ferram). Ponto positivo também é a criação de uma Idade Média realista, apesar da ausência de cenários, mostrando homens feios, sujos e barbudos em paisagens montanhosas e lamacentas.

Portanto é uma pena que, mesmo com tudo isso, Valhalla Rising acabe sendo chato. Quer dizer: é parado e, talvez, intelectual demais para um "filme de macho". Mas ainda assim é impressionante em alguns aspectos. Arrisque assistir, mas sem sono e longe da namorada. (3 estrelas em 5)

3 comentários:

  1. É o pior fime que já assistir na minha vida! É bem pior que 'Onde os fracos não tem vez'... Super ultra mega chato!

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  2. puxa!como os gostos de cada um divergem!"onde os fracos não tem vez" foi um dos filmes que achei mais super ulta mega bacana,e de acordo com as opiniões negativas que venho lendo sobre valhalla rising,já sei que vou gostar. e muito.Comprei agora,vai ser miha sessão noturna,dupla,com o solomon kane.E outra coisa,o que é um "filme de macho"?

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  3. Eu também adoro Onde Os Fracos Não Têm Vez, uma grande obra-prima do cinema. Filme de macho é aquele voltado para o público masculino, como Rambo, etc. Depois escreva sua opinião aqui, João. Abraço!

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