Por causa de momentos como os desta foto, sempre achei que o Gato adorasse automóveis. O chamo apenas de O Gato. Ele simplesmente apareceu um dia aqui em casa, enfrentou os cachorros e permanece até hoje. Mentira: uma vez que viajamos por três dias ele desapareceu. Levou um ano para voltar. Bem, com todo esse mistério não dignei-me dar-lhe um nome. É apenas O Gato.
Pois hoje quando cheguei do trabalho reparei que estava sem minha chave, e não pude passar da porta.. Quando estava entrando no carro ele surgiu, ronronando, todo solitário, e me deu uma peninha. Resolvi levá-lo dar uma volta, já que aparentemente gosta tanto de carros.
Seria um passei curto, uns dez quarteirões. Saímos com todos os vidros fechados (para evitar uma fuga) e o gato foi bonitinho, no assento traseiro. Logo depois da primeira curva tinha subido lá atrás, acima do assento, sobre os auto-falantes. Eu dirigia olhando para ele através do retrovisor, achando-o mais bonitinho que nunca. Mas ele deve ter começado a estranhar aquele sacolejo típico em ruas esburacadas, e as constantes freadas a cada cruzamento, e começou a ficar nervoso. Até me assustei quando ele começou com aqueles miados longos e graves, quase como um “nããããããããooooo...”. E logo ele estava no assento do passageiro. Comecei a ficar com medo, porque apesar de ele morar aqui em casa, não é exatamente um amigo íntimo. E na hora do medo, pode-se esperar qualquer coisa de um animal. Eu dirigia com um olho na rua e outro no gato, que miava e abaixava as orelhas de uma forma assustadora, tentando se equilibrar pelos assentos. Logo depois ele já estava em cima do painel, na minha frente, atrapalhando a visão. Era bem naquela hora em que os alunos saem da aula, e esta região é cheia de escolas. Somando-se o fato de que hoje foi um dia de chuva, dá pra imaginar a movimentação atípica de veículos pelas ruas, o que exige atenção triplicada do motorista. Continuei dirigindo, arrependido de trazer o gato e com medo de que ele provocasse um acidente. Esse medo aumentou quando ele se enfiou as patinhas no meio do volante e passou a dar a seta e a acender a luz alta, e logo em seguida, quando pulou no meu colo e cravou as unhas na minha perna.
Depois que cheguei aonde queria, fiquei com medo de que ele fugisse assim que eu abrisse a porta, mas ele ficou no carro. Quando peguei a chave e voltei ao automóvel, notei que aquela tampinha do ar quente, ao lado da direção, estava quebrada, caída no chão (na verdade ele não tem culpa disso, porque a tampa já estava meio quebrada).
Na volta para casa foi a mesma história. Antes de dar a partida o transferi ao banco de trás, mas ele fez as mesmas coisas de antes. Eu tinha que rir quando passava por pedestres que ficavam olhando aquele enorme gato na minha cara, como se ele também tentasse dirigir o carro.
Quando chegamos em casa, foi um alívio. Estávamos sãos e salvos, sem nenhum arranhão. Bem, talvez alguns arranhões em mim e no carro, mas nada grave. E também alguns pêlos no assento.
Espero que ele não tenha enlouquecido com a nossa voltinha, porque mesmo com as quatro patas no chão firme, ainda pude ouvir ele miar aquele “nããããããoooo...” algumas vezes.
Talvez ele, assim como eu, mal espere pelo nosso próximo passeio automobilístico juntos.
Pois hoje quando cheguei do trabalho reparei que estava sem minha chave, e não pude passar da porta.. Quando estava entrando no carro ele surgiu, ronronando, todo solitário, e me deu uma peninha. Resolvi levá-lo dar uma volta, já que aparentemente gosta tanto de carros.
Seria um passei curto, uns dez quarteirões. Saímos com todos os vidros fechados (para evitar uma fuga) e o gato foi bonitinho, no assento traseiro. Logo depois da primeira curva tinha subido lá atrás, acima do assento, sobre os auto-falantes. Eu dirigia olhando para ele através do retrovisor, achando-o mais bonitinho que nunca. Mas ele deve ter começado a estranhar aquele sacolejo típico em ruas esburacadas, e as constantes freadas a cada cruzamento, e começou a ficar nervoso. Até me assustei quando ele começou com aqueles miados longos e graves, quase como um “nããããããããooooo...”. E logo ele estava no assento do passageiro. Comecei a ficar com medo, porque apesar de ele morar aqui em casa, não é exatamente um amigo íntimo. E na hora do medo, pode-se esperar qualquer coisa de um animal. Eu dirigia com um olho na rua e outro no gato, que miava e abaixava as orelhas de uma forma assustadora, tentando se equilibrar pelos assentos. Logo depois ele já estava em cima do painel, na minha frente, atrapalhando a visão. Era bem naquela hora em que os alunos saem da aula, e esta região é cheia de escolas. Somando-se o fato de que hoje foi um dia de chuva, dá pra imaginar a movimentação atípica de veículos pelas ruas, o que exige atenção triplicada do motorista. Continuei dirigindo, arrependido de trazer o gato e com medo de que ele provocasse um acidente. Esse medo aumentou quando ele se enfiou as patinhas no meio do volante e passou a dar a seta e a acender a luz alta, e logo em seguida, quando pulou no meu colo e cravou as unhas na minha perna.
Depois que cheguei aonde queria, fiquei com medo de que ele fugisse assim que eu abrisse a porta, mas ele ficou no carro. Quando peguei a chave e voltei ao automóvel, notei que aquela tampinha do ar quente, ao lado da direção, estava quebrada, caída no chão (na verdade ele não tem culpa disso, porque a tampa já estava meio quebrada).
Na volta para casa foi a mesma história. Antes de dar a partida o transferi ao banco de trás, mas ele fez as mesmas coisas de antes. Eu tinha que rir quando passava por pedestres que ficavam olhando aquele enorme gato na minha cara, como se ele também tentasse dirigir o carro.
Quando chegamos em casa, foi um alívio. Estávamos sãos e salvos, sem nenhum arranhão. Bem, talvez alguns arranhões em mim e no carro, mas nada grave. E também alguns pêlos no assento.
Espero que ele não tenha enlouquecido com a nossa voltinha, porque mesmo com as quatro patas no chão firme, ainda pude ouvir ele miar aquele “nããããããoooo...” algumas vezes.
Talvez ele, assim como eu, mal espere pelo nosso próximo passeio automobilístico juntos.
Espero que depois desta lição que o seu gato gentilmente lhe deu, você tenha aprendido a dirigir de olhos fechados, seguindo apenas as vibrações dos miados nos fios dos bigodes... rsrsrs
ResponderExcluirHehe! Deve ter sido uma experiência e tanto. Linda história!
ResponderExcluirEu tive uma Weimaraner que adorava andar de carro. Eu pegava a chave e ela vinha atrás de mim. Abria a porta do carro e ela pulava dentro e eu ainda passava o cinto de segurança. E ela ia lá quietinha, olhando a paisagem.
Gostava tanto de andar de carro que uma vez passeando com ela solta na rua, entrou no banco traseiro do carro de uma senhora que ficou me olhando apavorada. Fazia outras gracinhas como abrir portas dentro de casa e ligar interruptores das luzes também. Morreu velhinha aos 15 anos e deixou muita saudade.
Abçs
HAUAHAUAH! Cara, andar com um gato solto dentro do carro é loucura. Espero que o desfecho "Talvez ele, assim como eu, mal espere pelo nosso próximo passeio automobilístico juntos" tenha sido apenas uma boa maneira de fechar a história, e não uma realidade. Ou então compre uma gaiolinha pra ele passear contigo, rsrs.
ResponderExcluirAbraços!