domingo, 3 de janeiro de 2010

A Luta do Século no jornal A União

Meu conto A Luta do Século foi publicado no jornal A União, da Paraíba, com comentários da colunista Grygena Targino. Esta é a segunda vez que ela analisa um trabalho meu em sua coluna (o primeiro foi Eu Não Matei Charles Bronson). Para mim é interessante que ela tenha escolhido este entre tantos outros dos meus contos porque A Luta do Século é um dos menos compreendidos de todo o meu livro. Os leitores geralmente o consideram menos profundo do que os outros, mas Grygena fez uma bela interpretação a respeito. Deixo a ela meus agradecimentos e reproduzo aqui suas palavras.

Do jornalista e escritor paranaense Luiz Fernando Riesemberg, autor de "Eu não matei Charles Bronson" (conto "pescado" na rede mundial de computadores e reproduzido e comentado nesta Coluna no dia 09 de outubro de 2009) recebo o livro "Grafias Noturnas" (publicado pela editora Biblioteca24x7, especializada em escritores iniciantes), uma coletânea de 21 contos em que são abordados problemas e defeitos da humanidade tais como intolerância (destaque do conto "O guarda-chuva"), ganância (tema do conto "O botão"), e tantas outras mazelas, e tudo isso "mergulhado" num ambiente sobrenatural que confere à obra uma singularidade que funciona como estímulo à leitura até o final do livro.

Em "A luta do século", aqui em destaque, a desonestidade e a capacidade da maioria dos seres humanos de fazer de tudo para "passar por cima" do próximo é abordada através de "El Toro", o "peso mosca" que se aproveita do vampirismo para "ganhar força" e derrotar "pesos pesados" nos ringues mais famosos do mundo. No ambiente da "grande luta", ele já tem no currículo quatro lutas vencidas por nocaute, e se prepara para a quinta vitória: vai matar o adversário, um campeão mundial dos pesos-pesados com trinta e duas lutas e trinta e duas vitórias, vinte e seis das quais por nocaute.

Para narrar a história, o autor brinca com a imaginação do leitor, que a princípio é levado a imaginar que o "peso-mosca", de corpo magro, pele branca e olhos negros, que aguarda no vestiário o momento em que enfrentará um oponente de "cento e oito quilos de músculos e quase um metro e noventa de altura", será trucidado em poucos segundos. O próprio personagem reforça tal possibilidade ("Será uma luta rápida e limpa"), e até com muita pretensão, às vistas de quem acompanha o seu momento ("Nocaute no primeiro ou segundo round".). Na sequência, o recurso do vampirismo (da prática de "sugar as forças de pessoas indefesas") mostra a verdadeira face, não somente do personagem (que usa da desonestidade para derrotar o adversário), mas do conto em si, que na realidade trata de um assunto bem mais amplo do que a simples luta do "gigante" contra o vampiro: a disposição de milhares de "seres humanos" de recorrer às piores práticas para "se dar bem na vida", mesmo sabendo que o fim a que chegarão tem a feição das trevas.

O livro "Grafias Noturnas" pode ser adquirido através do site www.biblioteca24x7.com.br.

Ao autor, nossos votos de muito sucesso, e uma informação: o jornal A União - nos seus quase 117 anos de existência (foi fundado no dia 02 de fevereiro de 1893, no governo de Álvaro Machado), é conhecido e reconhecido nacionalmente como um "Jornal Escola", e por isso sente-se honrado em poder contribuir com a divulgação de obras de quem se dispõe a enveredar pelo mundo da literatura.

2 comentários:

  1. Ora ora, lembra o que te falei? Não importa quando alguém não gosta de algo que nós escrevemos; se o trabalho é bom, sempre há alguém que vai saber apreciar.

    Parabéns pela publicação!

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  2. eu também gostei do conto ;) nem sequer imaginei que fosses brincar com vampiros nele lol e gostei :P ah e também gostei dauele da rapariga prostituta e do vampiro, esse foi triste mas mostrou a grandeza dos vampiros.
    bjs

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