Depois de 3 anos desde o lançamento, revi O Nevoeiro (The Mist, de 2007), e pude comprovar que o cineasta Frank Darabont entregou um dos melhores filmes de terror da década.
Mas é impossível falar de The Mist sem comentar sobre seu polêmico final. Talvez alguns não tenham gostado, mas é a conclusão mais perfeita que se poderia fazer. O livro termina de forma aberta, sem uma real conclusão. Já o filme é bem cruel e trágico, mas que apenas deixa a história ainda mais forte.
Adaptação de um longo conto do livro Tripulação de Esqueletos, o filme trata o texto original com muita fidelidade, e ainda consegue melhorar muita coisa que Stephen King criou. Na história original o verdadeiro terror não era das misteriosas criaturas que surgiam de dentro da cortina branca que invade o mundo, e sim dos próprios seres humanos que ficam confinados em um supermercado - o que é mantido nesta adaptação.
Com atores que parecem ter nascido para encarnar os personagens, O Nevoeiro serve como um estudo sobre como as pessoas reagem quando confinadas e ficam sob a tensão do medo e da morte. A fanática senhora Carmody, papel da ótima Marcia Gay Harden, é um dos grandes destaques da produção: vilã inesquecível, que ganha seu lugar de honra entre os maiores monstros do cinema.
Os efeitos especiais são fracos, mas apenas no início. Conforme o filme anda, eles vão ficando mais convincentes.
Mas é impossível falar de The Mist sem comentar sobre seu polêmico final. Talvez alguns não tenham gostado, mas é a conclusão mais perfeita que se poderia fazer. O livro termina de forma aberta, sem uma real conclusão. Já o filme é bem cruel e trágico, mas que apenas deixa a história ainda mais forte.
Sobre o final, Frank Darabont comentou: "Eu teria o dobro do orçamento se tivesse optado por outro fim". Cara corajoso esse! Pena que ele pagou caro por não arredar o pé: o filme foi um fracasso nas bilheterias, e até hoje o diretor não voltou a trabalhar para o cinema. Mas já está mais que provado que ele é o homem certo para adaptar a obra de Stephen King às telas.
Frank Darabont deve sentir orgulho do final que, em alguns aspectos, ficou parecido com os finais de Além da Imaginação.
ResponderExcluirÉ verdade, Maurício. Aliás, ele deveria sentir orgulho de toda a sua carreira, pois ele nunca fez um filme fraco, e nunca se vendeu à Hollywood. Depois de saber dessa história, me toquei que o seu filme Cine Majestic (sobre um roteirista que se cansa de sempre escrever aquilo que os executivos dos estúdios querem)não é uma hipocrisia.
ResponderExcluirFilmaço mesmo, com um dos melhores finais que já vi no cinema. Quero dizer, eu também teria gostado caso o final original tivesse sido mostrado, mas não teria me surpreendido tanto como me surpreendi com esse desfecho. Enfim, o Darabont não fez nenhum outro filme ainda, mas está fazendo sucesso com a produção (e direção do primeiro episódio) do seriado The Walking Dead, que está passando na FOX. Já assistiu, Riesemberg? É excelente, acho que vc vai gostar. Grande abraço!
ResponderExcluirÉ, eu também acho que vou gostar de The Walking Dead, mas ainda não consegui assistir. Abraço!
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