Pausa para uma citação:
Pra mim, o melhor da Scarium 26, dedicada à FC, é a fantasia: "Cápsula", de Riesemberg; "Sonhar é proibido", de Davi Melo, "Granizo", de Boz.
Do crítico Antônio Luiz da Costa, que escreve na revista Carta Capital.
quarta-feira, 31 de março de 2010
sábado, 27 de março de 2010
Filmes

Update: fiz algumas observações no meu comentário logo abaixo, em resposta ao do Mário.

Para título de minhas anotações, cheguei até aqui a 38 filmes vistos em 2010 (grande decepção, temos que melhorar esta média)

quinta-feira, 25 de março de 2010
Grafias Noturnas nos EUA

Dica para escrever bem: Livre-se das obrigações!
Nada como fazer algo por puro prazer, por pura diversão. Nada de desempenhar uma tarefa por obrigação, ou pensando nos louros que se poderá obter com ela.
É assim que ando me sentindo ultimamente, após algumas mudanças pelas quais estou passando (algumas internas, mas em breve externas também - quando chegar a hora eu conto tudo).
Bem, tenho acompanhado o caso de Ademir Pascale, e sua história me fez fortalecer ainda mais aquele desejo de livrar-me de certas obrigações. Estou falando de escrever, mas isso vale para qualquer outro assunto.
O Ademir claramente mantém um sonho há anos: o de se tornar um escritor. Na verdade escritor ele já é, como eu, ou você, mas sabemos o que quer dizer "ser escritor" — ou seja, poder sobreviver apenas da venda dos livros. E foi exatamente esse o desejo que cultivei por um período muito, muito longo.
O que aconteceu com ele foi que, após passar dois anos trabalhando em cima de seu primeiro romance, O Desejo de Lilith, e de finalmente conseguir publicá-lo, por uma editora decente, recebi um e-mail seu dizendo que após isso sua vida tornou-se um inferno.
Epa, mas como assim? Não era o sonho do cara? Ou pelo menos o início da realização desse sonho? Estranhei aquilo, e achei que fosse uma brincadeira sua. Afinal, estava sendo anunciado para todos os lados que após apenas vinte dias, já havia se tornado necessário fazer uma segunda impressão do livro.
Mas não era brincadeira. Ele realmente estava muito irritado com algumas críticas que sua obra andou recebendo. Dizia estar sendo injustiçado, vítima de uma conspiração de pessoas que queriam destruir sua carreira literária. Nos e-mails ele escrevia que tinha explodido, e estava inconformado com aquilo, a ponto de estragar sua saúde, creio eu.
Não quero ser fofoqueiro. Aliás, esse assunto nem é novidade entre os fãs de literatura fantástica nacional. Só estou usando o tema para passar uma lição que aprendi recentemente. Continuemos a história.
Li a crítica que tanto havia irritado o nobre colega escritor, e notei que, realmente, é um texto devastador. O crítico, que goza de certo prestígio, simplemente destrói o romance de Ademir. E depois que foi divulgado que o Pascale protestou contra o crítico, mandando e-mails para centenas de pessoas, dizendo-se injustiçado, as coisas pioraram: passaram a taxá-lo de imaturo por não aceitar as críticas negativas, e aí é que começaram a pegar ainda mais pesado.
Neste quesito, não vou tomar partido: não sou realmente um fã do estilo de Ademir Pascale, nem de suas declarações públicas, que sempre me cheiram a vaidade demais. Porém, não li o livro, e não posso afirmar se a crítica tem razão. Confesso que simpatizo com a figura trágica de um sujeito que sonha a vida toda em ser um autor famoso, e antes que isso aconteça a crítica diz que ele não tem talento e o sonho morre aí. Mas também não posso deixar de perceber que a crítica é muito bem fundamentada.
Dúvidas, raiva, discussões... são tantas palavras negativas, sendo que um escritor deveria estar escrevendo por prazer, por amor. O que estraga as coisas é justamente esta necessidade de sucesso, de ser aceito e elogiado. Talvez a necessidade seja a de se obter dinheiro, luxo e tudo mais.
Olha só: se eu escrevo apenas porque gosto, esse lado ruim nunca vai acontecer. Se eu escrevo simplesmente porque essa atividade me satisfaz, vou aceitar as críticas numa boa, e vou usá-las para escrever cada vez melhor.
Entende o que digo?
Livre-se da obrigação de fazer algo que todos têm que admirar. Faça simplesmente porque gosta, porque ama! Quando você desempenhar essa tarefa de forma mais pura e simples, aí sim o sucesso vai começar. De que adianta fazer o que gosta, se aquilo gera discussões, brigas, inimizades?
Essa é a dica de hoje. Digo isso porque deixei de lado aquele desejo enorme de obter sucesso com a escrita, e só vou escrever nos momentos em que realmente a inspiração baixar sobre mim, sem qualquer pressão.
Talvez eu lance mais um livro, mas não sei quando isso vai acontecer. Só de uma coisa eu sei: será um livro leve, sem o peso da cobrança por aceitação e sucesso.
É assim que ando me sentindo ultimamente, após algumas mudanças pelas quais estou passando (algumas internas, mas em breve externas também - quando chegar a hora eu conto tudo).
Bem, tenho acompanhado o caso de Ademir Pascale, e sua história me fez fortalecer ainda mais aquele desejo de livrar-me de certas obrigações. Estou falando de escrever, mas isso vale para qualquer outro assunto.
O Ademir claramente mantém um sonho há anos: o de se tornar um escritor. Na verdade escritor ele já é, como eu, ou você, mas sabemos o que quer dizer "ser escritor" — ou seja, poder sobreviver apenas da venda dos livros. E foi exatamente esse o desejo que cultivei por um período muito, muito longo.
O que aconteceu com ele foi que, após passar dois anos trabalhando em cima de seu primeiro romance, O Desejo de Lilith, e de finalmente conseguir publicá-lo, por uma editora decente, recebi um e-mail seu dizendo que após isso sua vida tornou-se um inferno.
Epa, mas como assim? Não era o sonho do cara? Ou pelo menos o início da realização desse sonho? Estranhei aquilo, e achei que fosse uma brincadeira sua. Afinal, estava sendo anunciado para todos os lados que após apenas vinte dias, já havia se tornado necessário fazer uma segunda impressão do livro.
Mas não era brincadeira. Ele realmente estava muito irritado com algumas críticas que sua obra andou recebendo. Dizia estar sendo injustiçado, vítima de uma conspiração de pessoas que queriam destruir sua carreira literária. Nos e-mails ele escrevia que tinha explodido, e estava inconformado com aquilo, a ponto de estragar sua saúde, creio eu.
Não quero ser fofoqueiro. Aliás, esse assunto nem é novidade entre os fãs de literatura fantástica nacional. Só estou usando o tema para passar uma lição que aprendi recentemente. Continuemos a história.
Li a crítica que tanto havia irritado o nobre colega escritor, e notei que, realmente, é um texto devastador. O crítico, que goza de certo prestígio, simplemente destrói o romance de Ademir. E depois que foi divulgado que o Pascale protestou contra o crítico, mandando e-mails para centenas de pessoas, dizendo-se injustiçado, as coisas pioraram: passaram a taxá-lo de imaturo por não aceitar as críticas negativas, e aí é que começaram a pegar ainda mais pesado.
Neste quesito, não vou tomar partido: não sou realmente um fã do estilo de Ademir Pascale, nem de suas declarações públicas, que sempre me cheiram a vaidade demais. Porém, não li o livro, e não posso afirmar se a crítica tem razão. Confesso que simpatizo com a figura trágica de um sujeito que sonha a vida toda em ser um autor famoso, e antes que isso aconteça a crítica diz que ele não tem talento e o sonho morre aí. Mas também não posso deixar de perceber que a crítica é muito bem fundamentada.
Dúvidas, raiva, discussões... são tantas palavras negativas, sendo que um escritor deveria estar escrevendo por prazer, por amor. O que estraga as coisas é justamente esta necessidade de sucesso, de ser aceito e elogiado. Talvez a necessidade seja a de se obter dinheiro, luxo e tudo mais.
Olha só: se eu escrevo apenas porque gosto, esse lado ruim nunca vai acontecer. Se eu escrevo simplesmente porque essa atividade me satisfaz, vou aceitar as críticas numa boa, e vou usá-las para escrever cada vez melhor.
Entende o que digo?
Livre-se da obrigação de fazer algo que todos têm que admirar. Faça simplesmente porque gosta, porque ama! Quando você desempenhar essa tarefa de forma mais pura e simples, aí sim o sucesso vai começar. De que adianta fazer o que gosta, se aquilo gera discussões, brigas, inimizades?
Essa é a dica de hoje. Digo isso porque deixei de lado aquele desejo enorme de obter sucesso com a escrita, e só vou escrever nos momentos em que realmente a inspiração baixar sobre mim, sem qualquer pressão.
Talvez eu lance mais um livro, mas não sei quando isso vai acontecer. Só de uma coisa eu sei: será um livro leve, sem o peso da cobrança por aceitação e sucesso.
domingo, 21 de março de 2010
Piores do Ano

Para votar clique aqui: Piores do Ano
Filmes da semana

Shutter Island : É sempre bom ver um diretor experiente como Scorcese na ativa, entregando mais uma produção com a habitual qualidade. Esse Shutter Island é um exemplar típico do cineasta, com muito suspense, ótimos movimentos de câmera e um cuidadoso trabalho com os menores detalhes, sobre uma dupla de policiais que vai até uma ilha onde funciona um hospital psiquiátrico investigar o desaparecimento de uma paciente. Porém, é um filme que chega uns 15 anos atrasado. Sim, pois ele espera que o público seja surpreendido por um final impressionante, como em O Sexto Sentido, ou Clube da Luta, Seven, Os Outros, etc, mas eu matei a charada já nos primeiros 5 minutos. Isso se mostrou decepcionante, já que poderia haver outros elementos dramáticos ou pistas falsas, que prendessem a atenção do espectador mesmo que ele descobrisse o grande segredo do filme. Mas não é o caso. Valeu a pena assistir devido às belas imagens e à atosfera, que inclusive lembra muito O Iluminado, do Kubrick (há uma cena em que surgem crianças mortas dispostas exatamente como as meninas assassinadas do hotel Overlock), mas o roteiro surgiu ultrapassado e simplório. (3 estrelas em 5)

Agora : O cineasta Alejandro Amenábar comprova que não é exatamente um fã da igreja. Se nos seus dois filmes anteriores (Os Outros e Mar Adentro) o espanhol já mostrava que não partilhava das ideias católicas, aqui ele escancara essa visão, nos levando a uma província do Egito, no século IV, onde o saber científico se vê ameaçado pelos constantes conflitos religiosos entre pagãos, judeus e cristãos. E esses últimos não são tratados como perseguidos, mas como uma raça violenta e inquisidora, que não seguia puramente os ensinamentos de Cristo (e que daria origem à igreja católica). Entre tudo isto está a filósofa e astrônoma Hypatia (Rachel Weisz), uma figura real que obteve importantes descobertas astronômicas em seu tempo, e foi considerada bruxa e pecadora. Infelizmente o filme não tem um bom ritmo, já que não foca exatamente em personagem algum, tornando quase tudo desinteressante. (2 estrelas em 5)

Agora : O cineasta Alejandro Amenábar comprova que não é exatamente um fã da igreja. Se nos seus dois filmes anteriores (Os Outros e Mar Adentro) o espanhol já mostrava que não partilhava das ideias católicas, aqui ele escancara essa visão, nos levando a uma província do Egito, no século IV, onde o saber científico se vê ameaçado pelos constantes conflitos religiosos entre pagãos, judeus e cristãos. E esses últimos não são tratados como perseguidos, mas como uma raça violenta e inquisidora, que não seguia puramente os ensinamentos de Cristo (e que daria origem à igreja católica). Entre tudo isto está a filósofa e astrônoma Hypatia (Rachel Weisz), uma figura real que obteve importantes descobertas astronômicas em seu tempo, e foi considerada bruxa e pecadora. Infelizmente o filme não tem um bom ritmo, já que não foca exatamente em personagem algum, tornando quase tudo desinteressante. (2 estrelas em 5)
sábado, 20 de março de 2010
Porra Fandom!
Talvez alguns amigos me apedrejem por eu estar divulgando este endereço, ao invés de estar protestando, ou me calando. Mas a verdade é que é preciso que haja sites especializados em litfan nacional que "cobrem" mais qualidade dos novos autores. Este aqui é genial com seu estilo destruidor, cheio de sarcasmo e ironia. Me desculpem os colegas que já foram "feridos" pelo autor do espaço (e torço para que eu mesmo não seja a próxima vítima), mas "porra, fandom!", há que se reconhecer que esse troço é bem divertido, e corajoso, e necessário.
Além disso, com a facilidade que existe para se publicar hoje em dia já estava até demorando para surgir algo assim. A produção de 2009 foi absurdamente imensa, e mesmo que um ou outro bom livro tenha saído, também viram a luz muitas bobagens. Hoje temos mais autores do que leitores; mais livros do que um público para eles.
Só espero que o site seja coerente com a inteligência de seus criadores, fazendo uma crítica honesta e apontando os verdadeiros defeitos das obras citadas. Não queremos uma espécie de "Pânico na Litfan", capaz de atacar para todos os lados. Há que se criticar quando o trabalho é mal feito, mas também temos que reconhecer quando é bom.
Segue o endereço: http://porrafandom.tumblr.com/
Além disso, com a facilidade que existe para se publicar hoje em dia já estava até demorando para surgir algo assim. A produção de 2009 foi absurdamente imensa, e mesmo que um ou outro bom livro tenha saído, também viram a luz muitas bobagens. Hoje temos mais autores do que leitores; mais livros do que um público para eles.
Só espero que o site seja coerente com a inteligência de seus criadores, fazendo uma crítica honesta e apontando os verdadeiros defeitos das obras citadas. Não queremos uma espécie de "Pânico na Litfan", capaz de atacar para todos os lados. Há que se criticar quando o trabalho é mal feito, mas também temos que reconhecer quando é bom.
Segue o endereço: http://porrafandom.tumblr.com/
segunda-feira, 15 de março de 2010
O Segredo dos seus Olhos

Nesta semana assisti a apenas um filme: o magnífico O Segredo dos Seus Olhos, que rendeu o segundo Oscar de filme estrangeiro para a Argentina. E foi feita justiça, já que o diretor Juan Jose Campanella já devia ter ganhado este prêmio em pelo menos outras três ocasiões: por O Filho da Noiva; por O Mesmo Amor, a Mesma Chuva e por O Clube da Lua.
Só fui conhecer os filmes de Campanella em 2009, e logo de cara me apaixonei. O Filho da Noiva, que foi o primeiro que vi, já entrou direto na minha galeria de favoritos. É um filme que faz rir e chorar (mas rir mesmo, e chorar mesmo! - uma experiência incrível), e isso graças também ao irrepressível elenco, encabeçado pelo ótimo Ricardo Darín (que também se transformou no meu ator favorito).Pois a parceria Darín-Campanella está presente em todas as obras que citei, e não é diferente em O Segredo dos Seus Olhos. A diferença desta obra para as outras é que investe em uma trama policial, que o torna parecido com aqueles thrillers como Seven. Porém, sem perder o apelo melancólico que vimos nos outros filmes da dupla.
Acompanhamos a história de Espósito, um oficial de justiça aposentado que decide escrever um romance a respeito de um caso ocorrido há 25 anos, que lhe rendeu profundas marcas: uma bela jovem foi estuprada e assassinada, e seu marido nunca perdeu a chance de ver o assassino na prisão. Paralelamente, acompanhamos a paixão do protagonista pela juíza que é sua chefe.
Um filme lindo e terrível ao mesmo tempo, já que aborda as várias faces que o ser humano pode ter. Depois que assisti pela segunda vez (eu já havia visto no ano passado e estava torcendo para que fosse indicado e ganhasse o Oscar) pude comprovar que já é um clássico.
domingo, 7 de março de 2010
Filmes, filmes, filmes


quarta-feira, 3 de março de 2010
Votem em mim!
Concorro nas seguintes categorias do prêmio Comuna FC:
Melhor antologia de autor (Grafias Noturnas)
Melhor capa (Grafias Noturnas)
Melhor conto (Qualquer um do livro: A Cápsula do Tempo, Eu Não Matei Charles Bronson, O Botão, etc)
E peço uma força para esses aqui também:
Mário Carneiro Jr (melhor resenhista)
Arquivo do Barreto (melhor site de contos)
Para votar, basta deixar um comentário nos posts referentes a cada categoria.
É isso aí! Já estou muito feliz de estar concorrendo, mas se ganhar uns votinhos ficarei mais ainda!
Abraços!
Melhor antologia de autor (Grafias Noturnas)
Melhor capa (Grafias Noturnas)
Melhor conto (Qualquer um do livro: A Cápsula do Tempo, Eu Não Matei Charles Bronson, O Botão, etc)
E peço uma força para esses aqui também:
Mário Carneiro Jr (melhor resenhista)
Arquivo do Barreto (melhor site de contos)
Para votar, basta deixar um comentário nos posts referentes a cada categoria.
É isso aí! Já estou muito feliz de estar concorrendo, mas se ganhar uns votinhos ficarei mais ainda!
Abraços!
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