segunda-feira, 15 de março de 2010

O Segredo dos seus Olhos


Nesta semana assisti a apenas um filme: o magnífico O Segredo dos Seus Olhos, que rendeu o segundo Oscar de filme estrangeiro para a Argentina. E foi feita justiça, já que o diretor Juan Jose Campanella já devia ter ganhado este prêmio em pelo menos outras três ocasiões: por O Filho da Noiva; por O Mesmo Amor, a Mesma Chuva e por O Clube da Lua.
Só fui conhecer os filmes de Campanella em 2009, e logo de cara me apaixonei. O Filho da Noiva, que foi o primeiro que vi, já entrou direto na minha galeria de favoritos. É um filme que faz rir e chorar (mas rir mesmo, e chorar mesmo! - uma experiência incrível), e isso graças também ao irrepressível elenco, encabeçado pelo ótimo Ricardo Darín (que também se transformou no meu ator favorito).

Pois a parceria Darín-Campanella está presente em todas as obras que citei, e não é diferente em O Segredo dos Seus Olhos. A diferença desta obra para as outras é que investe em uma trama policial, que o torna parecido com aqueles thrillers como Seven. Porém, sem perder o apelo melancólico que vimos nos outros filmes da dupla.

Acompanhamos a história de Espósito, um oficial de justiça aposentado que decide escrever um romance a respeito de um caso ocorrido há 25 anos, que lhe rendeu profundas marcas: uma bela jovem foi estuprada e assassinada, e seu marido nunca perdeu a chance de ver o assassino na prisão. Paralelamente, acompanhamos a paixão do protagonista pela juíza que é sua chefe.

Um filme lindo e terrível ao mesmo tempo, já que aborda as várias faces que o ser humano pode ter. Depois que assisti pela segunda vez (eu já havia visto no ano passado e estava torcendo para que fosse indicado e ganhasse o Oscar) pude comprovar que já é um clássico.

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