domingo, 21 de março de 2010

Filmes da semana


Shutter Island : É sempre bom ver um diretor experiente como Scorcese na ativa, entregando mais uma produção com a habitual qualidade. Esse Shutter Island é um exemplar típico do cineasta, com muito suspense, ótimos movimentos de câmera e um cuidadoso trabalho com os menores detalhes, sobre uma dupla de policiais que vai até uma ilha onde funciona um hospital psiquiátrico investigar o desaparecimento de uma paciente. Porém, é um filme que chega uns 15 anos atrasado. Sim, pois ele espera que o público seja surpreendido por um final impressionante, como em O Sexto Sentido, ou Clube da Luta, Seven, Os Outros, etc, mas eu matei a charada já nos primeiros 5 minutos. Isso se mostrou decepcionante, já que poderia haver outros elementos dramáticos ou pistas falsas, que prendessem a atenção do espectador mesmo que ele descobrisse o grande segredo do filme. Mas não é o caso. Valeu a pena assistir devido às belas imagens e à atosfera, que inclusive lembra muito O Iluminado, do Kubrick (há uma cena em que surgem crianças mortas dispostas exatamente como as meninas assassinadas do hotel Overlock), mas o roteiro surgiu ultrapassado e simplório. (3 estrelas em 5)


Agora : O cineasta Alejandro Amenábar comprova que não é exatamente um fã da igreja. Se nos seus dois filmes anteriores (Os Outros e Mar Adentro) o espanhol já mostrava que não partilhava das ideias católicas, aqui ele escancara essa visão, nos levando a uma província do Egito, no século IV, onde o saber científico se vê ameaçado pelos constantes conflitos religiosos entre pagãos, judeus e cristãos. E esses últimos não são tratados como perseguidos, mas como uma raça violenta e inquisidora, que não seguia puramente os ensinamentos de Cristo (e que daria origem à igreja católica). Entre tudo isto está a filósofa e astrônoma Hypatia (Rachel Weisz), uma figura real que obteve importantes descobertas astronômicas em seu tempo, e foi considerada bruxa e pecadora. Infelizmente o filme não tem um bom ritmo, já que não foca exatamente em personagem algum, tornando quase tudo desinteressante. (2 estrelas em 5)

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