quinta-feira, 3 de junho de 2010

Filmes no feriado

Os Homens que Não Amavam as Mulheres: Excelente thriller sueco, baseado no primeiro livro da trilogia Milennium. Narra a investigação de um desaparecimento ocorrido há 40 anos, feita por um jornalista e pela investigadora Lisbeth Salander, grande heroína da série. Ela é um gênio da pirataria digital, capaz de conseguir informações com grande facilidade, e tem um estilo de vida punk — e um passado dolorido a assombra até os dias de hoje. Nem preciso dizer que adoro esses thrillers que não envolvem só a investigação de um crime, mas também os dramas dos personagens (vide Zodíaco e O Segredo dos Seus Olhos). Filme muito bem conduzido. Me deixou louco para assistir a segunda parte, A Menina que Brincava com Fogo. (5 estrelas em 5)

A Menina que Brincava com Fogo : Seguindo a receita de que continuações devem reforçar tudo o que deu certo no original, o segundo filme da série Milennium mostra-se como uma versão bombada do primeiro, com mais violência, uma trama mais complexa, vilões mais caricatos e elevando a personagem Lisbeth Salander quase à condição de uma super-heroína. Aqui o seu destino volta a cruzar com o do jornalista Blomkvist depois que este descobre uma rede de tráfico de mulheres. O mais interessante do roteiro é que amarra pontas deixadas soltas no primeiro filme e se aprofunda nas feridas da protagonista, mantendo-se coeso ao tema "crimes praticados contra mulheres". Há muito mais ação do que no primeiro filme, e certos exageros podem desgostar aqueles que esperavam uma trama mais realista, mas há de se convir que os vilões fazem o espectador realmente temer pela segurança dos heróis. Comparando-se com Os Homens que Não Amavam as Mulheres, creio que o primeiro era mais charmoso, mas o segundo só podia seguir o caminho que seguiu para manter a série interessante e renovada, sem perder a personalidade. Agora resta assistir A Rainha do Castelo de Ar. (5 estrelas em 5)

Juízo Final (Doomsday) : Prefiro nem dedicar muitas linhas a esta tremenda bomba. Eu já havia percebido que o diretor Neil Marshall era um cara sem talento quando vi o ruim Dog Soldiers. Porém, o ótimo The Descent havia feito eu dar uma chance para o cara. Doomsday é uma idiota tentativa de misturar Extermínio, Fuga de Nova Iorque e Mad Max, inclusive copiando cenas na cara dura. Mas o filme com que ele mais consegue se parecer é o fraco Corrida Mortal (de Paul W.S. Anderson). (1 estrela em 5)

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