Woody Allen é incrível: se você observar a filmografia do cineasta, verá que ele lança um filme por ano, desde o início de sua carreira. Normalmente, o artista que produz tanto assim raramente entrega uma obra-prima. Mas talvez seja essa a diferença entre Allen e a maioria dos outros artistas, de qualquer área, na atualidade. Mesmo em seus trabalhos menores, como Scoop, Os Trapaceiros e Sonho de Cassandra, há seu toque inconfundível. E volta e meia, digamos a cada cinco filmes, ele apronta algo fantástico.
É o caso de Crimes e Pecados, seu filme de 1989. Imagino que este seja um dos poucos trabalhos, senão o único, capaz de apresentar uma síntese de sua obra: nele há, paralelamente, uma trama de suspense e uma tragicômica. Há os diálogos engraçados, assim como momentos de grande tensão. Há ótimas atuações, e o próprio Allen está no elenco, interpretando aquela sua velha persona neurótica, falastrona e pessimista que faz tanto sucesso. E também há uma direção e um roteiro bastante criativos, como nem sempre se vê nos filmes dele.
Quem gosta de Woody Allen sabe que há dois tipos básicos de filmes que ele entrega: os suspenses (Matchpoint, Sonho de Cassandra) e as comédias (Tudo Pode Dar Certo, Dirigindo no Escuro). Normalmente há um pouco de suspense nas comédias; porém, nos suspenses, há um humor muito sutil e elegante, o qual pode passar despercebido (não vemos em Matchpoint, por exemplo, um personagem que já causa risos só pela aparência cômica ou pelas piadinhas infames). Pois bem: Crimes e Pecados segue justamente duas histórias, uma de suspense e outra de humor, saindo-se muito bem em ambas. E é por isso que sempre vou considerar este filme como referência para se apreciar o cinema de Allen (e o cinema em geral).
A trama de suspense é bastante parecida com a de Matchpoint e de Cassandra's Dream, envolvendo assassinato e a culpa que se segue no assassino. Já a tragicomédia mostra Allen como um cineasta fracassado que se vê obrigado a dirigir um documentário sobre seu irritante e bem-sucedido cunhado, a quem ele detesta.
Cheio de divagações filosóficas e religiosas, Crimes e Pecados culmina em uma magnífica cena final, quando as duas histórias se encontram, na qual Allen usa de forma muito inteligente a metalinguagem. É um momento instigante do cinema, usando a arte e a vida para se falar da arte e da vida. Genial! (5 estrelas em 5)
É o caso de Crimes e Pecados, seu filme de 1989. Imagino que este seja um dos poucos trabalhos, senão o único, capaz de apresentar uma síntese de sua obra: nele há, paralelamente, uma trama de suspense e uma tragicômica. Há os diálogos engraçados, assim como momentos de grande tensão. Há ótimas atuações, e o próprio Allen está no elenco, interpretando aquela sua velha persona neurótica, falastrona e pessimista que faz tanto sucesso. E também há uma direção e um roteiro bastante criativos, como nem sempre se vê nos filmes dele.
Quem gosta de Woody Allen sabe que há dois tipos básicos de filmes que ele entrega: os suspenses (Matchpoint, Sonho de Cassandra) e as comédias (Tudo Pode Dar Certo, Dirigindo no Escuro). Normalmente há um pouco de suspense nas comédias; porém, nos suspenses, há um humor muito sutil e elegante, o qual pode passar despercebido (não vemos em Matchpoint, por exemplo, um personagem que já causa risos só pela aparência cômica ou pelas piadinhas infames). Pois bem: Crimes e Pecados segue justamente duas histórias, uma de suspense e outra de humor, saindo-se muito bem em ambas. E é por isso que sempre vou considerar este filme como referência para se apreciar o cinema de Allen (e o cinema em geral).
A trama de suspense é bastante parecida com a de Matchpoint e de Cassandra's Dream, envolvendo assassinato e a culpa que se segue no assassino. Já a tragicomédia mostra Allen como um cineasta fracassado que se vê obrigado a dirigir um documentário sobre seu irritante e bem-sucedido cunhado, a quem ele detesta.
Cheio de divagações filosóficas e religiosas, Crimes e Pecados culmina em uma magnífica cena final, quando as duas histórias se encontram, na qual Allen usa de forma muito inteligente a metalinguagem. É um momento instigante do cinema, usando a arte e a vida para se falar da arte e da vida. Genial! (5 estrelas em 5)
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