- O Guarda-Chuva: Neste, Riesemberg mostra-nos um impressionante caso de bulling em que certo ia, uns colegas de trabalho decidem brincar com aquele colega de trabalho que mantinha um estilo de vida algo “antiquado” – aquele a quem já chamavam “reloginho suíço” por chegar sempre a horas, aquele tipo de pessoa que tinha a sua roupa sempre engomada. Bem, senti uma grande crítica do autor perante muitos casos destes em que um indivíduo é gozado por um grupo de colegas de trabalho ou até escola por acharem piada brincar com alguém que é diferente. É, na minha opinião, um conto muito bem concebido!
- A Cápsula do Tempo: Este é, para mim, um dos meus contos favoritos do livro. O que faria se encontrasse no seu quintal uma cápsula do tempo onde se esconde uma relíquia impressionante que nos permite ver o passado, o presente e o futuro? Bem esta é a situação de um homem que, quando em criança, enterrava cápsulas do tempo na esperança de que passados alguns anos ou até centenas de anos, alguém, por acaso, encontrasse os seus compartimentos e os seus objectos. Quando o seu filho começa a fazer o mesmo, encontra uma pequena cápsula de madeira onde se encontra um diário de um menino onde relata a existência de uma pedra que o seu pai lhe dera antes de ir para a guerra. Não revelarei mais sobre o conto pois acho que está muito giro e convido-os a ler o livro (embora tenham que o pedir pela Amazon).
- O Botão: Este conto está muito bom! O que escolheria? A felicidade para a sua famiília ou uma mala cheia de dinheiro que o tirasse de uma má situação financeira? É um conto que apela ao bom senso e também ao pensar das consequências que uma escolha pode ter. Adorei.
- A Lei de Lavoisier (Aplicada à Arte): Este conto é algo de fantástico! É, talvez, o meu conto favorito. Um escritor com falta de imaginação vai, um dia, a uma biblioteca e num acto de raiva rasga a ficha do livro em que se baseou para escrever o seu manuscrito e acontece algo muito interessante para ele - todos os exemplares desse mesmo livro desaparecem a nível mundial e o seu manuscrito torna-se num êxito mundial. e aqui que começa este excelente conto onde o autor apela à originalidade da escrita e também à importância dos livros.
- A Máquina da Alegria: Este conto é muito engraçado pois fez-me lembrar muito do meu avô e nos avós em geral pois fazem tudo pelos netos, até mesmo uma máquina onde podemos encontrar apenas alegria! É este o tema do conto, o afecto incessante entre avô e neto e aonde um avô pode ir para satisfazer os pedidos do seu amado neto.
- A Emissora: Este conto despertou-me a atenção pois Riesemberg apresenta-nos, um cenário, não inovador, mas interessante no sentido em que nos depara com um homem que durante a sua vida desprezou muitas oportunidades e até a sua família e, durante uma viagem de fuga aos seus problemas, ouve uma rádio onde tocam músicas de cantores e bandas que já morreram mas, o especial desta rádio é que as canções são totalmente novas. Este conto é muito giro e o seu final, embora cliché, é muito giro e feliz.
- Eu Não Matei Charles Bronson: Como é óbvio, não poderia deixar de destaca este conto de Riesemberg! Conto vencedor de um prémio, esta é a estória de um homem que, farto do sistema em que a sociedade vive, resolve fazer justiça pelas próprias mãos! É um conto cuja violência está espancada e pelo que já li das entrevistas que o autor deu, o nível de violência era bem maior! (fiquei curiosa… e adorava ler essa versão :P). Ora, após ser enganado e roubado por um par de trolhas, e vendo que as autoridades não lhes faziam nada, este resolve ir à procura dos ladrões e fazer justiça. É, realmente um conto que dá prazer de ler pois é uma situação que penso que todos já tivemos vontade de fazer.
Resta-me agradecer ao Luiz Riesemberg em parte por me ter dado a oportunidade de ler o seu livro e pelos bons momentos de leitura que me proporcionou; e, também, congratular pelo livro, que gostei imenso. Claro, está bem recomendado a todos aqueles que gostam de estórias que, para além de entreter com elementos fantásticos, nos proporcionem uma crítica a muitos dos nossos erros humanos que temos tendência a esquecer.