Depois de ter lido, a surpresa: não é que a qualidade do trabalho superou minha expectativa?
Aquele humor negro ingênuo continua presente, mais afiado do que nunca, trazendo várias piadinhas cretinas que não fazem só a alegria das crianças, como também dos marmanjões. Mas o mais legal é notar que Maurício de Souza não perverte o folclore por trás das criaturas para se adequar ao público infantil. O vampiro, por exemplo, realmente bebe sangue (é impagável ver o Zé Vampir atacando pescoços de vítimas inocentes em uma revista infantil), e tem medo de cruzes, de alho, da luz do sol, entre outras convenções vampirescas.

Uma das histórias que mais me surpreendeu foi "Eu quero é sangue", do Almanaque do Penadinho, que é uma daquelas que fazem bom uso da metalinguagem. Nela, o desenhista resolve tornar a turminha mais assustadora, e muda o aspecto de todos. Acho que nem uma revista de terror sério capricharia tanto.

Como brasileiro, sinto-me muito orgulhoso de saber que meu país tem um talento tão grande nos quadrinhos quanto Maurício de Souza. Fica a minha dica, portanto, para bons momentos de diversão. Pelo que entendi, a revista do Zé Vampir é apenas ocasional, já que a Turma da Mônica Extra enfoca um personagem diferente em cada edição. Mas o Almanaque do Penadinho é mensal. Portanto, já correndo para a banca!
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