Neste mês resolvi colocar em prática algo que eu não fazia há muito tempo, dirigindo-me à banca de revistas para comprar gibis da Turma da Mônica. Sem sequer saber que existiam, deparei-me com os interessantíssimos Almanaque da Turma do Penadinho e Turma da Mônica Extra: Zé Vampir. Me enchi de expectativas e adquiri ambos, pois sempre adorei essa turminha, e eles nunca tiveram grande espaço nas outras revistas — quem dirá uma só para elas.
Depois de ter lido, a surpresa: não é que a qualidade do trabalho superou minha expectativa?
Aquele humor negro ingênuo continua presente, mais afiado do que nunca, trazendo várias piadinhas cretinas que não fazem só a alegria das crianças, como também dos marmanjões. Mas o mais legal é notar que Maurício de Souza não perverte o folclore por trás das criaturas para se adequar ao público infantil. O vampiro, por exemplo, realmente bebe sangue (é impagável ver o Zé Vampir atacando pescoços de vítimas inocentes em uma revista infantil), e tem medo de cruzes, de alho, da luz do sol, entre outras convenções vampirescas.
Também interessante é constatar o bom uso da intertextualidade (uma constante no trabalho de Maurício), fazendo, por exemplo, com que os monstrinhos reclamem do fato de todas as histórias de terror sempre acontecerem durante tempestades (eles também não gostam de se molhar, oras), ou ainda o inspirado momento em que Zé Vampir, metamorfoseado em morcego, não resiste e imita o símbolo do Batman ao passar pela lua cheia.
Depois de ter lido, a surpresa: não é que a qualidade do trabalho superou minha expectativa?
Aquele humor negro ingênuo continua presente, mais afiado do que nunca, trazendo várias piadinhas cretinas que não fazem só a alegria das crianças, como também dos marmanjões. Mas o mais legal é notar que Maurício de Souza não perverte o folclore por trás das criaturas para se adequar ao público infantil. O vampiro, por exemplo, realmente bebe sangue (é impagável ver o Zé Vampir atacando pescoços de vítimas inocentes em uma revista infantil), e tem medo de cruzes, de alho, da luz do sol, entre outras convenções vampirescas.
Também interessante é constatar o bom uso da intertextualidade (uma constante no trabalho de Maurício), fazendo, por exemplo, com que os monstrinhos reclamem do fato de todas as histórias de terror sempre acontecerem durante tempestades (eles também não gostam de se molhar, oras), ou ainda o inspirado momento em que Zé Vampir, metamorfoseado em morcego, não resiste e imita o símbolo do Batman ao passar pela lua cheia.
Uma das histórias que mais me surpreendeu foi "Eu quero é sangue", do Almanaque do Penadinho, que é uma daquelas que fazem bom uso da metalinguagem. Nela, o desenhista resolve tornar a turminha mais assustadora, e muda o aspecto de todos. Acho que nem uma revista de terror sério capricharia tanto.
E mais do que divertir marmanjos como eu, essas criações ainda ajudam as crianças a lidarem com seus medos, tornando o desconhecido mais próximo da realidade. Talvez seja essa a principal razão da minha simpatia pela turma, pois onde mais veríamos um gibi de qualidade que traz fantasmas, crânios falantes, lobisomens, múmias, vampiros, o monstro de Frankenstein, a Morte e o próprio Diabo como personagens?
Como brasileiro, sinto-me muito orgulhoso de saber que meu país tem um talento tão grande nos quadrinhos quanto Maurício de Souza. Fica a minha dica, portanto, para bons momentos de diversão. Pelo que entendi, a revista do Zé Vampir é apenas ocasional, já que a Turma da Mônica Extra enfoca um personagem diferente em cada edição. Mas o Almanaque do Penadinho é mensal. Portanto, já correndo para a banca!
Como brasileiro, sinto-me muito orgulhoso de saber que meu país tem um talento tão grande nos quadrinhos quanto Maurício de Souza. Fica a minha dica, portanto, para bons momentos de diversão. Pelo que entendi, a revista do Zé Vampir é apenas ocasional, já que a Turma da Mônica Extra enfoca um personagem diferente em cada edição. Mas o Almanaque do Penadinho é mensal. Portanto, já correndo para a banca!
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